Diante do calor insuportável que tem feito nesse verão, tenho evitado caminhar pelas ferrovias. Mas fico pensando naqueles homens que não podem se dar a esse luxo, tendo de enfrentar um trabalho pesado, estafante, debaixo de um sol impiedoso. São os operários da via permanente, aos quais presto minha homenagem.
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Pátio de manobras do Arará em 2003. A expressão do operário não deixa dúvidas sobre a dureza de seu ofício.
sábado, 30 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Locomotiva GE BB33-7MP, aquarela sobre papel
Tentando aprimorar minhas qualidades de ilustrador ferroviário amador, trago para vocês este desenho a traço/aquarela sobre papel (15x10,5). Deu um trabalho grande, mas até agora foi a melhor locomotiva que já desenhei. Espero que gostem. Trata-se da General Electric BB33-7MP, que tive o prazer de encontrar no pátio de manobras da estação Vila Montanha em Maringá (PR). Eis uma postagem sobre esse leviatã negro: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com/2009/12/tributo-ao-manobrador-ferroviario.html
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sábado, 23 de janeiro de 2010
Colisão de trens, 31 de julho de 1975
Graças a um serviço que acabei de descobrir na Internet, o arquivo de notícias do Google, encontrei esta manchete, de um acidente ferroviário no subúrbio carioca de Del Castilho, que rendeu capa e duas páginas inteiras do Jornal do Brasil no final de julho de 1975.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Antigos anúncios ferroviários
Trago para os fiéis internautas deste blog dois anúncios publicitários, publicados na revista e no almanaque Eu Sei Tudo, datados de 1956 e 1958, respectivamente. O primeiro sobre a ligação ferroviária Rio-Belo Horizonte (Vera Cruz) e Rio-São Paulo (Santa Cruz). O segundo, sobre o serviço rodoferroviário da Estrada de Ferro Leopoldina. Agradeço a gentileza do Sr. Jorge, proprietário da Livraria Elizart, que me permitiu fotografar estas preciosidades. Aproveito para convidar os internautas a conhecer "um dos melhores e mais completos sebos do Brasil", que fica na Av. Marechal Floriano 63, Centro, RJ, Tel./Fax: (21) 2263 7334, 2233 6024 e 2253 5201, correio eletrônico livrariaelizart@bol.com.br, sítio http://www.elizartlivros.estantevirtual.com.br.
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domingo, 17 de janeiro de 2010
Viagem do medo
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Hoje completam-se 7 anos de minha primeira viagem pela Estrada de Ferro Vitória a Minas. Me lembro bem de quando cheguei na estação ferroviária em Belo Horizonte vindo do Rio, de manhã bem cedo, na companhia da amiga Luciane Ribeiro. Chovia muito, sem parar. Minas Gerais sofria com as tempestades de verão. Mas como eu e Luciane já havíamos combinado esse passeio há algum tempo, decidimos encarar a aventura mesmo com chuva. Era nossa primeira viagem de longo percurso a bordo de um trem, e estávamos entusiasmados.
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Era pra ser uma viagem tranquila, se não fosse pela água que não cessava de cair do céus. Os barrancos ao longo da linha desmanchavam feito paçoca. Havia o risco das composições serem atingidas pelos desmoronamentos. Durante o percurso, o chefe do trem, pelo auto-falante, numa tentativa de acalmar os passageiros, pediu a todos paciência e que rezassem para que chegássemos sãos e salvos ao destino. Aquilo me soou quase como uma extrema unção, mas enfim...
Por algumas vezes o trem foi obrigado a parar, seja por uma encosta que desabou bem a nossa frente, seja pelo nível da água que em alguns trechos já alcançava os trilhos. Quando passávamos pelos gigantescos viadutos, era possível ver a fúria da correnteza explodindo em seus pilares. No horizonte, residências humildes praticamente engolidas pela água barrenta.
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O trajeto inteiro foi feito debaixo de chuva, ora fraca, ora forte, mas sempre constante. Momentos de tédio com a composição parada, momentos de contemplação ao observar a paisagem em movimento pela janela. A despeito do frio na espinha, curtí bastante a viagem. Chegamos em Vitória no começo da madrugada, com várias horas de atraso. Sãos e salvos. As preces do chefe do trem foram atendidas enfim.
Hoje completam-se 7 anos de minha primeira viagem pela Estrada de Ferro Vitória a Minas. Me lembro bem de quando cheguei na estação ferroviária em Belo Horizonte vindo do Rio, de manhã bem cedo, na companhia da amiga Luciane Ribeiro. Chovia muito, sem parar. Minas Gerais sofria com as tempestades de verão. Mas como eu e Luciane já havíamos combinado esse passeio há algum tempo, decidimos encarar a aventura mesmo com chuva. Era nossa primeira viagem de longo percurso a bordo de um trem, e estávamos entusiasmados.
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Era pra ser uma viagem tranquila, se não fosse pela água que não cessava de cair do céus. Os barrancos ao longo da linha desmanchavam feito paçoca. Havia o risco das composições serem atingidas pelos desmoronamentos. Durante o percurso, o chefe do trem, pelo auto-falante, numa tentativa de acalmar os passageiros, pediu a todos paciência e que rezassem para que chegássemos sãos e salvos ao destino. Aquilo me soou quase como uma extrema unção, mas enfim...
Por algumas vezes o trem foi obrigado a parar, seja por uma encosta que desabou bem a nossa frente, seja pelo nível da água que em alguns trechos já alcançava os trilhos. Quando passávamos pelos gigantescos viadutos, era possível ver a fúria da correnteza explodindo em seus pilares. No horizonte, residências humildes praticamente engolidas pela água barrenta.
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O trajeto inteiro foi feito debaixo de chuva, ora fraca, ora forte, mas sempre constante. Momentos de tédio com a composição parada, momentos de contemplação ao observar a paisagem em movimento pela janela. A despeito do frio na espinha, curtí bastante a viagem. Chegamos em Vitória no começo da madrugada, com várias horas de atraso. Sãos e salvos. As preces do chefe do trem foram atendidas enfim.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Verão infernal
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Vejo essa foto que tirei em 2002, próximo a estação da cidade serrana de Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) e me lembro bem da temperatura ambiente. Pena que a fotografia não consiga passar essa sensação. Era março, mas ainda assim tava quente pra burro! O verão é uma época em que as expedições ferroviárias se tornam sacrificadas. É torturante caminhar por trilhos, dormentes e brita debaixo de sol quente, com pouca ou nenhuma sombra. Imagine trabalhar com solda nestas condições, o povo da via permanente que o diga. A última vez em que me aventurei numa estrada-de-ferro no verão, quase virei história. Os leitores desse blog devem se lembrar da Expedição ao Inferno: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com/2009/02/expedicao-ao-inferno.html
Além disso, as chuvas comuns nessa época trazem o risco de deslizamentos e descargas elétricas, principalmente em zonas rurais com pouca ou nenhuma presença de pára-raios. Sem mencionar que ferrovias são lugares onde NÃO se deve permanecer em caso de tempestades.
Por isso fico aqui, diante do computador, entediado, esperando condições atmosféricas melhores e doido pra sentir novamente o cheiro de mato e de óleo diesel.
Vejo essa foto que tirei em 2002, próximo a estação da cidade serrana de Engenheiro Paulo de Frontin (RJ) e me lembro bem da temperatura ambiente. Pena que a fotografia não consiga passar essa sensação. Era março, mas ainda assim tava quente pra burro! O verão é uma época em que as expedições ferroviárias se tornam sacrificadas. É torturante caminhar por trilhos, dormentes e brita debaixo de sol quente, com pouca ou nenhuma sombra. Imagine trabalhar com solda nestas condições, o povo da via permanente que o diga. A última vez em que me aventurei numa estrada-de-ferro no verão, quase virei história. Os leitores desse blog devem se lembrar da Expedição ao Inferno: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com/2009/02/expedicao-ao-inferno.html
Além disso, as chuvas comuns nessa época trazem o risco de deslizamentos e descargas elétricas, principalmente em zonas rurais com pouca ou nenhuma presença de pára-raios. Sem mencionar que ferrovias são lugares onde NÃO se deve permanecer em caso de tempestades.
Por isso fico aqui, diante do computador, entediado, esperando condições atmosféricas melhores e doido pra sentir novamente o cheiro de mato e de óleo diesel.
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