Em visita à histórica estação ferroviária de Haydarpaşa, em Istambul, na companhia da companheira Ozge Kelekci, fui tentar conseguir um pin oficial da estatal turca de ferrovias TCDD (Türkiye Cumhuriyeti Devlet Demiryolları). Depois de muito esforço, e a ajuda do assessor jurídico da empresa, Sr. Gökay Türkyilmaz, arrumei este pin interessante, da Demiryol Meslek Okulu Mezunları Derneği, algo como Associação de Alunos da Escola Vocacional Ferroviária. Esta escola técnica da TCDD, fundada em 1942, infelizmente fechou suas portas no final dos anos 90. A associação ainda existe e tem uma página na Internet, pra quem conseguir ler turco ou tiver interesse em usar o Google Translate: http://www.demok.net
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Ferrovias turcas
Antes de mais nada, mesmo eu não sendo um entusiasta de festas natalinas, desejo um bom Natal a todos. Neste momento me encontro em Istambul, na Turquia, convidado pela Associação de Solidariedade com o Povo Palestino, para a premiação dos vencedores de um concurso de charges sobre Naji Al Ali, cartunista palestino morto em Londres em 1987. E como não poderia deixar de ser, não me esqueço dos fãs ferroviários que frequentam este blog. Estas são fotos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Istambul, feitas nesta véspera de Natal. Fiquem de olho, que farei mais imagens das ferrovias turcas.
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Vista noturna da estação Yusufpasa, VLT de Istambul
VLT cruzando a ponte Galata, em Istambul
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Vista noturna da estação Yusufpasa, VLT de Istambul
VLT cruzando a ponte Galata, em Istambul
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Cartunista Bira Dantas andando na linha!
Em outubro deste ano estive pela segunda vez em Campinas, dessa feita a convite do Coletivo de Comunicadores Populares, para participar da terceira edição da Mostra Luta. Na ocasião, me encontrei com um amigo, também convidado para o evento, o cartunista Bira Dantas (conheça seu trabalho AQUI), e juntos fomos dar um pequeno passeio pelos trilhos campineiros, mais precisamente no pátio de manobras da estação ferroviária de Boa Vista (Nova). Bira, acostumado com canetinhas hidrocor e lápis aquarelados, surpreendeu-se ao se deparar com a força bruta de toneladas de aço em movimento. Eis alguns registros.
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O cartunista Bira Dantas, esfuziante, gesticula diante da imponência do Leviatã diesel-elétrico.
Manobrador no pátio da estação de Boa Vista (Nova), com sol a pino.
A estação de Boa Vista (Nova), com Bira Dantas (de costas) conversando animadamente com um maquinista que aguardava a troca de equipagem.
Aqui uma prova de como a Ferrovia Centro-Atlântica cuida com carinho de seu material rodante. Uma locomotiva, que originalmente veio do México e que operava na Bahia, encontra-se atualmente enguiçada e abandonada no pátio de Boa Vista (Nova).
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O cartunista Bira Dantas, esfuziante, gesticula diante da imponência do Leviatã diesel-elétrico.
Manobrador no pátio da estação de Boa Vista (Nova), com sol a pino.
A estação de Boa Vista (Nova), com Bira Dantas (de costas) conversando animadamente com um maquinista que aguardava a troca de equipagem.
Aqui uma prova de como a Ferrovia Centro-Atlântica cuida com carinho de seu material rodante. Uma locomotiva, que originalmente veio do México e que operava na Bahia, encontra-se atualmente enguiçada e abandonada no pátio de Boa Vista (Nova).
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Planta ferroviária, século XIX
Essa planta, datada de 1878, cortesia da pesquisadora Myriam Bahia Lopes, define a tipologia (tipo A) concebida para ser aplicada na Linha do Centro da Estação de Ferro D. Pedro II (posteriormente Estrada de Ferro Central do Brasil). De acordo com Myriam, o tipo em arquitetura é uma espécie de modelo. Essa forma de edificação pode ser encontrada na estação de Itabirito, MG.
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FIGURA 1 - Tipologia A, linha do centro da Estrada de Ferro D Pedro II
Fonte: Planta Arquivo Nacional apud LOPES et al., Coleção Digital, 2009, p 18.
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FIGURA 1 - Tipologia A, linha do centro da Estrada de Ferro D Pedro II
Fonte: Planta Arquivo Nacional apud LOPES et al., Coleção Digital, 2009, p 18.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Um pouco da história (ferroviária) de Além Paraiba (MG)
Recebi uma interessante mensagem de Afranio Machado Junior, que conta parte da história da cidade mineira de Além Paraiba, e sua ferrovia. Pela relevância, compartilho com todos voces:
"Carlos.
Meu nome é Afranio Machado Junior (mais conhecido como Junior), sou advogado,tenho 27 anos e gosto muito do assunto ferrovia e de sua história. Vi alguns videos seus no YouTube e achei muito interessante o seu trabalho. Descobri que voce é cartunista e vi trabalhos seus na rede e gostei muito. Meus parabéns.
Um video em especial me chamou a atenção: o da antiga estação ferroviária de Simplício, que voce gravou aqui na cidade em 2007. Inclusive com a participação do Ilmo ex-prefeito de Sapucaia/RJ o Sr. Paulo Coleho, tio da minha mãe.
Não sei se você conhece a história de Além Paraíba, mas vi que achou interessante o fato de o trem cortar a cidade ''ao meio''. Diariamente dez composiçoes com trinta vagoes e tres locomotivas cortam o municipio, causando transtornos, engarrafamentos e acidentes. No entanto, eu também sou um amante da ferrovia, apesar de nunca ter andado de trem na vida(ainda) e também nunca tive um parente ferroviário.
Então vamos lá. A nossa cidade basicamente nasceu da produção cafeeira. Existia em Além Paraíba um porto onde hoje está o centro da cidade,de que servia para escoar a produção de café. Com o tempo, a necessidade de escoar a produçao se tornava cada vez maior e com isso a chegada da linha férrea melhoraria o transporte e trazia o progresso, além de extender os trilhos até outras localidades, como Volta Grande, Trimonte, São Martinho, Abaíba, Recreio, Leopoldina, Cataguases e outros municípios do interior mineiro.
Por Além Paraíba estar no centro de um tronco, já que daqui partia trens para Nova Friburgo também, foi construída a estação de Porto Novo e os dois torreões do hotel, inaugurados em 1880 pelo próprio D. Pedro II, que chegou a se hospedar no hotel da estação, hoje em ruínas.
A cidade então se formou aos poucos ao longo do leito da ferrovia, que trouxe a modernidade. Ligava Tres Rios e Petrópolis, passando por Simplício e Sapucaia.
Também aqui em Além Paraíba foi construída a mais moderna oficina de manutenção da Rede Ferroviária da época e uma das maiores. É uma das poucas que possuem rotunda, inclusive tombada pelo patrimônio histórico. O prédio reunia administração, um clube, o prédio do PLANSFER e o Senai.
Em 2007, a Igreja Católica resolveu vender parte do prédio dessa oficina para um empresário de Além Paraíba que demoliu uma grande parte do prédio para construir um prédio residencial e comercial. Na época procurei saber se a venda era legal e descobri que esta parte não era tombada pelo IPHAN, somente a rotunda e o predio da administração. Agora a Igreja está interessada em vender mais uma parte e isso divide opinioes. Eu, lógico, sou contra.
Claro. A história que contei acima está resumidíssima! Gosto muito de história, filosofia e sociologia...
Nós temos, com relação à ferrovia, bastante história pra contar, como por exemplo a estrada de ferro que ligava Além Paraíba a Nova Friburgo. Não existem muitos registros sobre esta linha ferroviária porque ela foi desativada no inicio dos anos 60, quando a fotografia ainda nao era muito difundida e sobretudo porque o Estado do Rio de Janeiro é fraco de memória, nao preservando a história como deveria. Mas há vestígios como a ponte preta, uma ponte de ferro inglesa com quatro segmentos que dava inicio ao ramal para Friburgo, e logo em seguida, um túnel da antiga Estrada de ferro que foi aberto numa rocha. Ele nao é extenso, mas foi construído numa época em que nao se tinha tecnologias disponiveis hoje. Vestígios também existem em Cantagalo, Monerat e Murineli. Nao sei se voce conhece a história desse trecho, mas gostaria que um dia poder registar um pouco da história desse trecho.
Próximo de Além Paraíba também tínhamos o ramal que ligava Volta Grande até Pirapetinga, onde morria. Desse trecho poucas coisas restam e já está desativado há muitas décadas.
Ah. Uma notícia que nao sei se é boa ou ruim. O video sobre a estação de Simplicio que voce fez porque a estaçõ ia ser inundada pelo lago da Usina de Simplício. Com os estudos que foram feitos para a construção da usina hidroeletrica que encontra-se em fase de conclusão, foi adotado um novo modelo de hidroeletrica, onde a água vai chegar ate a casa de máquinas em Simplicio bombeada, e não por alagamento como tinha sido projetado nos anos 50. Só nao sei se a estação vai ou nao ser demolida, pois está em ruínas, mas alagada nao será com certeza. O acesso a ela que já era ruim, ficou pior, pois a estrada até Simplício foi interditada em razão das obras. A igreja que tinha nas proximidades da estação foi demolida em 2001 e seguia a mesma arquitetura. Estive com um colega na estação em 2002, de bicicleta, e sei o quanto é dificil chegar lá, pois tivemos que caminhar sobre os trilhos do trem.
Desculpa ter te enviado um e-mail tao grande como este, mas queria dividir com voce parte da história dos trilhos que dividem espaço conosco todos os dias.
Um abraço.
Junior."
"Carlos.
Meu nome é Afranio Machado Junior (mais conhecido como Junior), sou advogado,tenho 27 anos e gosto muito do assunto ferrovia e de sua história. Vi alguns videos seus no YouTube e achei muito interessante o seu trabalho. Descobri que voce é cartunista e vi trabalhos seus na rede e gostei muito. Meus parabéns.
Um video em especial me chamou a atenção: o da antiga estação ferroviária de Simplício, que voce gravou aqui na cidade em 2007. Inclusive com a participação do Ilmo ex-prefeito de Sapucaia/RJ o Sr. Paulo Coleho, tio da minha mãe.
Não sei se você conhece a história de Além Paraíba, mas vi que achou interessante o fato de o trem cortar a cidade ''ao meio''. Diariamente dez composiçoes com trinta vagoes e tres locomotivas cortam o municipio, causando transtornos, engarrafamentos e acidentes. No entanto, eu também sou um amante da ferrovia, apesar de nunca ter andado de trem na vida(ainda) e também nunca tive um parente ferroviário.
Então vamos lá. A nossa cidade basicamente nasceu da produção cafeeira. Existia em Além Paraíba um porto onde hoje está o centro da cidade,de que servia para escoar a produção de café. Com o tempo, a necessidade de escoar a produçao se tornava cada vez maior e com isso a chegada da linha férrea melhoraria o transporte e trazia o progresso, além de extender os trilhos até outras localidades, como Volta Grande, Trimonte, São Martinho, Abaíba, Recreio, Leopoldina, Cataguases e outros municípios do interior mineiro.
Por Além Paraíba estar no centro de um tronco, já que daqui partia trens para Nova Friburgo também, foi construída a estação de Porto Novo e os dois torreões do hotel, inaugurados em 1880 pelo próprio D. Pedro II, que chegou a se hospedar no hotel da estação, hoje em ruínas.
A cidade então se formou aos poucos ao longo do leito da ferrovia, que trouxe a modernidade. Ligava Tres Rios e Petrópolis, passando por Simplício e Sapucaia.
Também aqui em Além Paraíba foi construída a mais moderna oficina de manutenção da Rede Ferroviária da época e uma das maiores. É uma das poucas que possuem rotunda, inclusive tombada pelo patrimônio histórico. O prédio reunia administração, um clube, o prédio do PLANSFER e o Senai.
Em 2007, a Igreja Católica resolveu vender parte do prédio dessa oficina para um empresário de Além Paraíba que demoliu uma grande parte do prédio para construir um prédio residencial e comercial. Na época procurei saber se a venda era legal e descobri que esta parte não era tombada pelo IPHAN, somente a rotunda e o predio da administração. Agora a Igreja está interessada em vender mais uma parte e isso divide opinioes. Eu, lógico, sou contra.
Claro. A história que contei acima está resumidíssima! Gosto muito de história, filosofia e sociologia...
Nós temos, com relação à ferrovia, bastante história pra contar, como por exemplo a estrada de ferro que ligava Além Paraíba a Nova Friburgo. Não existem muitos registros sobre esta linha ferroviária porque ela foi desativada no inicio dos anos 60, quando a fotografia ainda nao era muito difundida e sobretudo porque o Estado do Rio de Janeiro é fraco de memória, nao preservando a história como deveria. Mas há vestígios como a ponte preta, uma ponte de ferro inglesa com quatro segmentos que dava inicio ao ramal para Friburgo, e logo em seguida, um túnel da antiga Estrada de ferro que foi aberto numa rocha. Ele nao é extenso, mas foi construído numa época em que nao se tinha tecnologias disponiveis hoje. Vestígios também existem em Cantagalo, Monerat e Murineli. Nao sei se voce conhece a história desse trecho, mas gostaria que um dia poder registar um pouco da história desse trecho.
Próximo de Além Paraíba também tínhamos o ramal que ligava Volta Grande até Pirapetinga, onde morria. Desse trecho poucas coisas restam e já está desativado há muitas décadas.
Ah. Uma notícia que nao sei se é boa ou ruim. O video sobre a estação de Simplicio que voce fez porque a estaçõ ia ser inundada pelo lago da Usina de Simplício. Com os estudos que foram feitos para a construção da usina hidroeletrica que encontra-se em fase de conclusão, foi adotado um novo modelo de hidroeletrica, onde a água vai chegar ate a casa de máquinas em Simplicio bombeada, e não por alagamento como tinha sido projetado nos anos 50. Só nao sei se a estação vai ou nao ser demolida, pois está em ruínas, mas alagada nao será com certeza. O acesso a ela que já era ruim, ficou pior, pois a estrada até Simplício foi interditada em razão das obras. A igreja que tinha nas proximidades da estação foi demolida em 2001 e seguia a mesma arquitetura. Estive com um colega na estação em 2002, de bicicleta, e sei o quanto é dificil chegar lá, pois tivemos que caminhar sobre os trilhos do trem.
Desculpa ter te enviado um e-mail tao grande como este, mas queria dividir com voce parte da história dos trilhos que dividem espaço conosco todos os dias.
Um abraço.
Junior."
domingo, 28 de novembro de 2010
Locomotivas em miniatura nas bancas!
Foi com surpresa que me deparei nas bancas do Rio com miniaturas de locomotivas! Trata-se da coleção "Locomotivas do Mundo" da Edições Del Prado. A cada semana um fascículo da coleção, junto com uma miniatura e uma ficha técnica da locomotiva. Eu não tenho muito interesse em comprar TODA a coleção, até porque o preço é meio salgado (35 reais cada fascículo), daí me contentei em adquirir o expresso Hatsukari da classe Kiha 81, cuja primeira unidade foi fabricada no Japão em 1960.
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Vagões puxados por... um trator?!
Em mais uma visita ao querido Paraná, atendendo a um gentil convite das organizadoras do R Londrina, evento anual de estudantes de Design, que aconteceu na Universidade Estadual de Londrina agora no início de novembro (para saber mais visite http://www.rlondrina2010.com.br), aproveitei para, na companhia do amigo Prof. Rozinaldo Miani, rever a estação ferroviária de Cambé (veja AQUI) como também conhecer a estação de Rolândia, onde encontrei abandono, pichações, lixo e um ponto de encontro de desocupados.
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Nessa visita encontrei uma situação no mínimo insólita, que em todas minhas andanças por ferrovias nunca havia presenciado. No pátio da estação de Rolândia, um TRATOR manobrava vagões por meio de um cabo de aço. Essa o Lucas lá de Itápolis (SP) vai gostar de ver. Ele é fã de tratores (!) e mantém inclusive um blog dedicado a estes veículos: http://www.tratoresantigos.blogspot.com
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Nessa visita encontrei uma situação no mínimo insólita, que em todas minhas andanças por ferrovias nunca havia presenciado. No pátio da estação de Rolândia, um TRATOR manobrava vagões por meio de um cabo de aço. Essa o Lucas lá de Itápolis (SP) vai gostar de ver. Ele é fã de tratores (!) e mantém inclusive um blog dedicado a estes veículos: http://www.tratoresantigos.blogspot.com
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Foto aérea da antiga estação de Praia Formosa (RJ)
Pátio de manobras da antiga estação ferroviária de Praia Formosa (Estrada de Ferro Leopoldina), nas proximidades da rodoviária Novo Rio (RJ). É possível ver os armazéns à direita (longos e de telhados escuros), as oficinas à esquerda (coberturas brancas) e no meio um cemitério de vagões. O pátio, de responsabilidade da Ferrovia Centro-Atlântica, foi criminosamente abandonado pela empresa. Entenda o porquê AQUI.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Crônica de uma tragédia anunciada
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Quarta-feira passada, dia 03 de novembro, foi uma data triste para os pais de Renata Clemente Viana e Brenda Rafaela Rossi Estabele. Há um ano as jovens foram esmagadas por vagões de um trem da America Latina Logística na estação de Cambé, no Paraná. Na ocasião produzí um vídeo sob a tragédia.
Moacir Carocia, proprietário de um bar que fica bem em frente a estação, foi testemunha e desde então criou um blog onde tem acompanhado as obras de uma passagem subterrânea. Seu blog pode ser acessado aqui: http://trincheiraemcambe.blogspot.com
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Infelizmente, me deparei com a mesma situação que levou a morte as duas estudantes, enquanto fazia imagens da estação de Rolândia, cidade colada a Cambé. Flagrei uma pedestre atravessando uma passagem de nível pulando os engates de um trem em manobras.
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As passagens de nível continuam matando por aí, e as concessionárias de transporte ferroviário não parecem muito preocupadas com isso.
sábado, 30 de outubro de 2010
Continuando a viagem pelo noroeste do Paraná
Concluíndo o relato da mais recente viagem ao Paraná (veja como tudo começou AQUI), trago mais fotos do trecho entre Maringá e Cianorte.
Doutor Camargo
A estação ainda se encontra de pé, ou melhor, seu esqueleto. Me confundi e achei que se tratava da estação/parada de Ivaí. Existe uma casa de turma bem próximo, onde mora um casal.
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Água Boa
O tamanho da estação de Água Boa impressiona, assim como seu abandono. O conjunto ferroviário inclui uma imensa caixa d'água e um armazém (guardado em seu interior encontrei feixes de bambu ou cana).
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Paissandu
Curiosamente, a estação de Paissandu localiza-se no município de Paiçandu. O prédio, que antes servia de espaço cultural, encontra-se desativado na gestão do atual prefeito, Vladimir da Silva (PMDB). Antigas casas de turma nas proximidades tornaram-se residências.
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Vidigal
Era uma parada, onde os passageiros dos trens mistos tinham certa dificuldade para desembarcar, já que não havia plataforma. Alguns chegavam a se machucar. Não existe vestígio dessa parada, asssim como outras do trecho, só moradores antigos na região conseguem apontar sua localização, como é o caso de João Custódio, ex-guarda-freios, que trabalhou na ferrovia entre 1956 e 1971.
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Ponte rodo-ferroviária sobre o rio Ivaí
A ponte entre Maringá e Cianorte tornou-se point de pescadores, que descansam sobre a via tranquilamente já que não há mais tráfego de trens neste trecho. No entanto, o local oferece risco por não ter mureta de proteção. Basta um descuido pra cair no rio.
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Doutor Camargo
A estação ainda se encontra de pé, ou melhor, seu esqueleto. Me confundi e achei que se tratava da estação/parada de Ivaí. Existe uma casa de turma bem próximo, onde mora um casal.
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Água Boa
O tamanho da estação de Água Boa impressiona, assim como seu abandono. O conjunto ferroviário inclui uma imensa caixa d'água e um armazém (guardado em seu interior encontrei feixes de bambu ou cana).
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Paissandu
Curiosamente, a estação de Paissandu localiza-se no município de Paiçandu. O prédio, que antes servia de espaço cultural, encontra-se desativado na gestão do atual prefeito, Vladimir da Silva (PMDB). Antigas casas de turma nas proximidades tornaram-se residências.
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Vidigal
Era uma parada, onde os passageiros dos trens mistos tinham certa dificuldade para desembarcar, já que não havia plataforma. Alguns chegavam a se machucar. Não existe vestígio dessa parada, asssim como outras do trecho, só moradores antigos na região conseguem apontar sua localização, como é o caso de João Custódio, ex-guarda-freios, que trabalhou na ferrovia entre 1956 e 1971.
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Ponte rodo-ferroviária sobre o rio Ivaí
A ponte entre Maringá e Cianorte tornou-se point de pescadores, que descansam sobre a via tranquilamente já que não há mais tráfego de trens neste trecho. No entanto, o local oferece risco por não ter mureta de proteção. Basta um descuido pra cair no rio.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Vem aí um filme de ação ferroviário!
Previsto para chegar nas telas brasileiras no dia 5 de novembro, "Incontrolável" (Unstoppable) é o que poderíamos chamar de um filme de ação ferroviário (mais um, aliás). Estrelado por Denzel Washington e Chris Pine, o filme mostra uma locomotiva fora de controle que traz uma carga tóxica, em rota de colisão com outro trem. Denzel Washington interpreta o experiente engenheiro Frank Barnes, que junto com Chris Pine no papel do jovem condutor Will Colson, tem de encontrar uma saída para evitar um acidente numa região densamente povoada.
As fotos são do site Cinepop.
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As fotos são do site Cinepop.
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domingo, 17 de outubro de 2010
Trem, onça, cobra e hospital em mais uma viagem a Maringá (PR)
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Locomotiva em manobras no pátio de Maringá, PR.
Pelo terceiro ano consecutivo tive a grata satisfação de voltar a Maringá, a "Cidade Canção". Para conhecer mais sobre a cidade, sugiro uma visita ao site Maringá.com. Meu retorno se deu dessa vez pelas mãos da historiadora Rosangela Kimura, que articulou com o Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá minha participação no V Fórum de Pesquisa e Pós-Graduação em História da UEM. Aproveito para agradecer a Rosangela pelo convite, a organização do evento, a universidade, e claro, aos alunos que mesmo debaixo de temporal, foram prestigiar minha palestra. Não posso deixar de mencionar tambem meu agradável encontro com estudantes na escolinha do Sítio Kimura promovido por Rosangela e a equipe do Núcleo Integrado de Saúde do município de Floriano.
(Clique na imagem para ampliar)
A escolinha do Sítio Kimura.
Como não podia deixar de ser, aproveitando esta viagem ao noroeste do Paraná, fui investigar algumas estações ferroviárias perdidas no trecho entre Maringá e Cianorte, que por ter sido construído nos anos 60, não consta do meu guia de estações do IBGE, datado de 1956. De acordo com o site Estações Ferroviárias de Ralph Giesbrecht, estas eram as estações e paradas do trecho, das quais apenas Ivaí, Abelha e Vidigal não possuem registro fotográfico:
- Paissandu
- Água Boa
- Doutor Camargo
- Ivaí
- Abelha
- Jussara
- Vidigal
- Cianorte
Rosangela e eu fizemos duas expedições, a primeira no dia 14/10 na companhia de seu pai, o Sr. Mario Kimura, e a segunda em 15/10 com seu tio, Sr. Pedro Kimura. Para minha surpresa, o próprio Sr. Mario foi protagonista de uma imagem ferroviária.
(Clique nas imagens para ampliar)
O jovem Mário Kimura em 1956, servindo na 5ª Companhia de Fronteira em Guaíra (PR), posa junto com seu companheiro de farda, nom de guerre Urbano, em cima da já desativada locomotiva nº 4, a primeira da ferrovia Guaíra-Porto Mendes.
(Acervo Mario Kimura)
A mesma locomotiva, agora exposta como monumento histórico, em foto sem data, publicada num folder turístico. A sigla SNBP refere-se ao Serviço de Navegação da Bacia do Prata.
(Acervo Mario Kimura)
A localização da parada Abelha nos foi indicada por um funcionário de uma indústria cerâmica. O local fica dentro de uma reserva florestal. Não sou nenhuma cartógrafo, mas confeccionei este mapinha para que os leitores tenham uma idéia de onde fica.
(Clique na imagem para ampliar)
O que eu e Rosangela Kimura encontramos naquela áerea foi a linha em precárias condições, com dormentes podres ou mesmo algumas partes sem dormentes, vegetação e galhos sobre a via, e nenhum sinal evidente de uma estação ou parada. Por conta desta precariedade, não há mais tráfego de cargueiros. A concessionária responsável por este trecho, a América Latina Logística, não parece muito interessada na conservação da via.
(Clique na imagem para ampliar)
Se faltavam alí rastros de uma estação ferroviária, sobravam pegadas de animais selvagens, como onças. E não é história de pescador não! Taí a foto que não me deixa mentir.
(Clique na imagem para ampliar)
A presença de cascavéis e jararacas na reserva levou a suspeita de que eu, durante a caminhada de pouco mais de 2km, tivesse sido mordido por uma delas. Eu que costumo sempre levar minhas perneiras de couro em expedições a zonas rurais, esqueci de trazê-las dessa vez. As duas marcas na minha perna bem poderíam ter sido feitas por espinhos de uma planta, mas estranhei a ausência de outros ferimentos e a simetria dos orifícios.
(Clique na imagem para ampliar)
Pelo sim, pelo não, fui parar de novo no Hospital Universitário de Maringá. A primeira vez foi em 2008, onde passei uma noite, internado por conta de uma infecção gastro-intestinal (veja AQUI)
(Clique na imagem para ampliar)
Me deparei com a mesmo problema de superlotação que encontrei em 2008, a despeito dos investimentos feitos de lá pra cá. A capacidade de internação do pronto-socorro é de 31 pacientes ao dia, mas atende de 80 até 100 pacientes, o que resulta em atendimentos feitos nos corredores. Isso se deve ao fato de que além da população de Maringá, o HU recebe pacientes de municípios próximos. Apesar das dificuldades, os profissionais de saúde tem se esforçado para oferecer um bom atendimento, eu mesmo sou testemunha disso. Quando tuitei o governador do Paraná Roberto Requião sobre este problema, ele me disse que haviam obras de ampliação do hospital em andamento, o que pude realmente comprovar. Resta agora saber se o novo governador, o tucano Beto Richa, dará continuidade a essas obras.
Na próxima postagem, a continuação desta mais nova viagem ao Paraná.
:)
Locomotiva em manobras no pátio de Maringá, PR.
Pelo terceiro ano consecutivo tive a grata satisfação de voltar a Maringá, a "Cidade Canção". Para conhecer mais sobre a cidade, sugiro uma visita ao site Maringá.com. Meu retorno se deu dessa vez pelas mãos da historiadora Rosangela Kimura, que articulou com o Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá minha participação no V Fórum de Pesquisa e Pós-Graduação em História da UEM. Aproveito para agradecer a Rosangela pelo convite, a organização do evento, a universidade, e claro, aos alunos que mesmo debaixo de temporal, foram prestigiar minha palestra. Não posso deixar de mencionar tambem meu agradável encontro com estudantes na escolinha do Sítio Kimura promovido por Rosangela e a equipe do Núcleo Integrado de Saúde do município de Floriano.
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A escolinha do Sítio Kimura.
Como não podia deixar de ser, aproveitando esta viagem ao noroeste do Paraná, fui investigar algumas estações ferroviárias perdidas no trecho entre Maringá e Cianorte, que por ter sido construído nos anos 60, não consta do meu guia de estações do IBGE, datado de 1956. De acordo com o site Estações Ferroviárias de Ralph Giesbrecht, estas eram as estações e paradas do trecho, das quais apenas Ivaí, Abelha e Vidigal não possuem registro fotográfico:
- Paissandu
- Água Boa
- Doutor Camargo
- Ivaí
- Abelha
- Jussara
- Vidigal
- Cianorte
Rosangela e eu fizemos duas expedições, a primeira no dia 14/10 na companhia de seu pai, o Sr. Mario Kimura, e a segunda em 15/10 com seu tio, Sr. Pedro Kimura. Para minha surpresa, o próprio Sr. Mario foi protagonista de uma imagem ferroviária.
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O jovem Mário Kimura em 1956, servindo na 5ª Companhia de Fronteira em Guaíra (PR), posa junto com seu companheiro de farda, nom de guerre Urbano, em cima da já desativada locomotiva nº 4, a primeira da ferrovia Guaíra-Porto Mendes.
(Acervo Mario Kimura)
A mesma locomotiva, agora exposta como monumento histórico, em foto sem data, publicada num folder turístico. A sigla SNBP refere-se ao Serviço de Navegação da Bacia do Prata.
(Acervo Mario Kimura)
A localização da parada Abelha nos foi indicada por um funcionário de uma indústria cerâmica. O local fica dentro de uma reserva florestal. Não sou nenhuma cartógrafo, mas confeccionei este mapinha para que os leitores tenham uma idéia de onde fica.
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O que eu e Rosangela Kimura encontramos naquela áerea foi a linha em precárias condições, com dormentes podres ou mesmo algumas partes sem dormentes, vegetação e galhos sobre a via, e nenhum sinal evidente de uma estação ou parada. Por conta desta precariedade, não há mais tráfego de cargueiros. A concessionária responsável por este trecho, a América Latina Logística, não parece muito interessada na conservação da via.
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Se faltavam alí rastros de uma estação ferroviária, sobravam pegadas de animais selvagens, como onças. E não é história de pescador não! Taí a foto que não me deixa mentir.
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A presença de cascavéis e jararacas na reserva levou a suspeita de que eu, durante a caminhada de pouco mais de 2km, tivesse sido mordido por uma delas. Eu que costumo sempre levar minhas perneiras de couro em expedições a zonas rurais, esqueci de trazê-las dessa vez. As duas marcas na minha perna bem poderíam ter sido feitas por espinhos de uma planta, mas estranhei a ausência de outros ferimentos e a simetria dos orifícios.
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Pelo sim, pelo não, fui parar de novo no Hospital Universitário de Maringá. A primeira vez foi em 2008, onde passei uma noite, internado por conta de uma infecção gastro-intestinal (veja AQUI)
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Me deparei com a mesmo problema de superlotação que encontrei em 2008, a despeito dos investimentos feitos de lá pra cá. A capacidade de internação do pronto-socorro é de 31 pacientes ao dia, mas atende de 80 até 100 pacientes, o que resulta em atendimentos feitos nos corredores. Isso se deve ao fato de que além da população de Maringá, o HU recebe pacientes de municípios próximos. Apesar das dificuldades, os profissionais de saúde tem se esforçado para oferecer um bom atendimento, eu mesmo sou testemunha disso. Quando tuitei o governador do Paraná Roberto Requião sobre este problema, ele me disse que haviam obras de ampliação do hospital em andamento, o que pude realmente comprovar. Resta agora saber se o novo governador, o tucano Beto Richa, dará continuidade a essas obras.
Na próxima postagem, a continuação desta mais nova viagem ao Paraná.
:)
sábado, 9 de outubro de 2010
Fotos ferroviárias de Loris Machado
Em mais uma visita ao mercado de pulgas da Pça XV, no Rio, encontrei na banca de Lília Nappi, comerciante de fotos e postais antigos, duas fotografias que Lília afirmou serem de autoria da fotógrafa Loris Machado (1950-2002). Ao pesquisar sobre Loris, encontrei sua biografia no site do Itaú Cultural (veja AQUI).
As fotos pertencem a uma pequena série. Escolhi as que me pareceram mais interessantes. Creio que foram tiradas na gare da estação da Luz, no centro de São Paulo. A foto da esquerda mostra uma locomotiva da General Electric modelo GE 2-C+C-2 (V8), mais conhecida como "Escandalosa".
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As fotos pertencem a uma pequena série. Escolhi as que me pareceram mais interessantes. Creio que foram tiradas na gare da estação da Luz, no centro de São Paulo. A foto da esquerda mostra uma locomotiva da General Electric modelo GE 2-C+C-2 (V8), mais conhecida como "Escandalosa".
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Fábrica de trens em Campinas paga mal e pressiona operários
Produzi esta charge para o movimento dos trabalhadores da CAF, Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, fabricante de trens espanhola situada em Hortolândia, Campinas, que além de pagar baixos salários e não oferecer boas condições de trabalho, coloca pressão nos operários para o cumprimento de prazos de entrega dos trens encomendados pelo Estado de São Paulo para o Metrô e a CPTM.
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sábado, 2 de outubro de 2010
Pin ferroviário da Bulgária
Nesta manhã meio lusco-fusco de sábado, numa rápida passada pelo mercado de pulgas da Praça XV, no centro do Rio, encontrei por R$3 um pin ferroviário com a inscrição "Вагонно депо-Варна". Creio se tratar de um antigo emblema de lapela da oficina de vagões da cidade de Varna, na Bulgária.
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Uma charge político-ferroviária
Essa é uma charge que fiz sobre o presidente Nicolas Sarkozy e sua decisão de deportar ciganos da França, medida essa classificada pelo líder cubano Fidel Castro como um "holocausto racial". A imagem nos remete as deportações em massa conduzidas pelos nazistas, que utilizavam vagões de carga para o transporte das pessoas, e ironiza os ideais da Revolução Francesa ("Liberdade, Igualdade, Fraternidade"), trazendo também as cores da bandeira da França.
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