Passei o dia de hoje acompanhando o trabalho de operários da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (CENTRAL) na ferrovia que liga os municípios fluminenses de Niterói e Visconde de Itaboraí, no trecho de Alcântara. A situação está ainda pior do que presenciei em 2008 (veja
AQUI). O lixo, lama e entulho na linha estão em tal quantidade que precisam ser removidos com a ajuda de uma pá mecânica. Em certos trechos, como esse em frente ao condomínio Alcântara 2, mal se consegue localizar os trilhos. Não ví qualquer cooperação das prefeituras de Niterói e São Gonçalo para com a conservação da via.
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A visita a estação ferroviária de Alcântara, que se encontra abandonada, requer uma certa dose de atenção devido ao mato alto, lixo, e uma vizinhança, digamos, pouco recomendável.
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Já no bairro Jardim Catarina, residências erguidas a centímetros da linha colocam em risco seus moradores, o que faz com que o local seja conhecido pelos ferroviários como "Corredor da Morte".
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O abandono dessa ferrovia se explica pelo desprezo público ao longo dos anos.
Por falta de investimentos na compra de novas composições, toda vez que uma das poucas locomotivas enguiçava, o tráfego no ramal era interrompido por longos períodos. Bandidos então se aproveitavam da falta de movimento de trens para roubar trilhos. Isso juntamente com o despejo de lixo e entulho, tornou a ferrovia intransitável.
De qualquer modo, no final da semana passada, a Secretaria Estadual de Transportes anunciou a preparação da via para as obras da tão prometida Linha 3 do metrô, e a turma da via permanente está trabalhando para desobstruir o trajeto, o que será, sem dúvida alguma, pelas atuais condições da ferrovia, um trabalho sobre-humano. Vamos torcer pra que dessa vez a população de Niterói e São Gonçalo seja beneficiada com esse meio de transporte.