Eu sou Carlos Latuff, cartunista e fã ferroviário. O propósito desta página é compartilhar com os internautas uma seleção das melhores imagens produzidas durante minhas expedições ferroviárias. Os registros aqui publicados podem ser reproduzidos pelos interessados, com tanto que para fins não-comerciais de informação, citando a fonte (por gentileza). Sou também colaborador do sítio www.estacoesferroviarias.com.br, de autoria do pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, a página mais completa da Internet sobre estações ferroviárias brasileiras.

sábado, 30 de outubro de 2010

Continuando a viagem pelo noroeste do Paraná

Concluíndo o relato da mais recente viagem ao Paraná (veja como tudo começou AQUI), trago mais fotos do trecho entre Maringá e Cianorte.

Doutor Camargo

A estação ainda se encontra de pé, ou melhor, seu esqueleto. Me confundi e achei que se tratava da estação/parada de Ivaí. Existe uma casa de turma bem próximo, onde mora um casal.

(Clique nas imagens para ampliar)











Água Boa

O tamanho da estação de Água Boa impressiona, assim como seu abandono. O conjunto ferroviário inclui uma imensa caixa d'água e um armazém (guardado em seu interior encontrei feixes de bambu ou cana).

(Clique nas imagens para ampliar)













Paissandu


Curiosamente, a estação de Paissandu localiza-se no município de Paiçandu. O prédio, que antes servia de espaço cultural, encontra-se desativado na gestão do atual prefeito, Vladimir da Silva (PMDB). Antigas casas de turma nas proximidades tornaram-se residências.

(Clique nas imagens para ampliar)







Vidigal

Era uma parada, onde os passageiros dos trens mistos tinham certa dificuldade para desembarcar, já que não havia plataforma. Alguns chegavam a se machucar. Não existe vestígio dessa parada, asssim como outras do trecho, só moradores antigos na região conseguem apontar sua localização, como é o caso de João Custódio, ex-guarda-freios, que trabalhou na ferrovia entre 1956 e 1971.

(Clique na imagem para ampliar)




Ponte rodo-ferroviária sobre o rio Ivaí


A ponte entre Maringá e Cianorte tornou-se point de pescadores, que descansam sobre a via tranquilamente já que não há mais tráfego de trens neste trecho. No entanto, o local oferece risco por não ter mureta de proteção. Basta um descuido pra cair no rio.

(Clique na imagem para ampliar)




quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vem aí um filme de ação ferroviário!

Previsto para chegar nas telas brasileiras no dia 5 de novembro, "Incontrolável" (Unstoppable) é o que poderíamos chamar de um filme de ação ferroviário (mais um, aliás). Estrelado por Denzel Washington e Chris Pine, o filme mostra uma locomotiva fora de controle que traz uma carga tóxica, em rota de colisão com outro trem. Denzel Washington interpreta o experiente engenheiro Frank Barnes, que junto com Chris Pine no papel do jovem condutor Will Colson, tem de encontrar uma saída para evitar um acidente numa região densamente povoada.

As fotos são do site Cinepop.

(Clique nas imagens para ampliar)






domingo, 17 de outubro de 2010

Trem, onça, cobra e hospital em mais uma viagem a Maringá (PR)

(Clique na imagem para ampliar)


Locomotiva em manobras no pátio de Maringá, PR.

Pelo terceiro ano consecutivo tive a grata satisfação de voltar a Maringá, a "Cidade Canção". Para conhecer mais sobre a cidade, sugiro uma visita ao site Maringá.com. Meu retorno se deu dessa vez pelas mãos da historiadora Rosangela Kimura, que articulou com o Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá minha participação no V Fórum de Pesquisa e Pós-Graduação em História da UEM. Aproveito para agradecer a Rosangela pelo convite, a organização do evento, a universidade, e claro, aos alunos que mesmo debaixo de temporal, foram prestigiar minha palestra. Não posso deixar de mencionar tambem meu agradável encontro com estudantes na escolinha do Sítio Kimura promovido por Rosangela e a equipe do Núcleo Integrado de Saúde do município de Floriano.

(Clique na imagem para ampliar)


A escolinha do Sítio Kimura.

Como não podia deixar de ser, aproveitando esta viagem ao noroeste do Paraná, fui investigar algumas estações ferroviárias perdidas no trecho entre Maringá e Cianorte, que por ter sido construído nos anos 60, não consta do meu guia de estações do IBGE, datado de 1956. De acordo com o site Estações Ferroviárias de Ralph Giesbrecht, estas eram as estações e paradas do trecho, das quais apenas Ivaí, Abelha e Vidigal não possuem registro fotográfico:

- Paissandu
- Água Boa
- Doutor Camargo
- Ivaí
- Abelha
- Jussara
- Vidigal
- Cianorte


Rosangela e eu fizemos duas expedições, a primeira no dia 14/10 na companhia de seu pai, o Sr. Mario Kimura, e a segunda em 15/10 com seu tio, Sr. Pedro Kimura. Para minha surpresa, o próprio Sr. Mario foi protagonista de uma imagem ferroviária.

(Clique nas imagens para ampliar)


O jovem Mário Kimura em 1956, servindo na 5ª Companhia de Fronteira em Guaíra (PR), posa junto com seu companheiro de farda, nom de guerre Urbano, em cima da já desativada locomotiva nº 4, a primeira da ferrovia Guaíra-Porto Mendes.
(Acervo Mario Kimura)



A mesma locomotiva, agora exposta como monumento histórico, em foto sem data, publicada num folder turístico. A sigla SNBP refere-se ao Serviço de Navegação da Bacia do Prata.
(Acervo Mario Kimura)


A localização da parada Abelha nos foi indicada por um funcionário de uma indústria cerâmica. O local fica dentro de uma reserva florestal. Não sou nenhuma cartógrafo, mas confeccionei este mapinha para que os leitores tenham uma idéia de onde fica.

(Clique na imagem para ampliar)



O que eu e Rosangela Kimura encontramos naquela áerea foi a linha em precárias condições, com dormentes podres ou mesmo algumas partes sem dormentes, vegetação e galhos sobre a via, e nenhum sinal evidente de uma estação ou parada. Por conta desta precariedade, não há mais tráfego de cargueiros. A concessionária responsável por este trecho, a América Latina Logística, não parece muito interessada na conservação da via.

(Clique na imagem para ampliar)



Se faltavam alí rastros de uma estação ferroviária, sobravam pegadas de animais selvagens, como onças. E não é história de pescador não! Taí a foto que não me deixa mentir.

(Clique na imagem para ampliar)




A presença de cascavéis e jararacas na reserva levou a suspeita de que eu, durante a caminhada de pouco mais de 2km, tivesse sido mordido por uma delas. Eu que costumo sempre levar minhas perneiras de couro em expedições a zonas rurais, esqueci de trazê-las dessa vez. As duas marcas na minha perna bem poderíam ter sido feitas por espinhos de uma planta, mas estranhei a ausência de outros ferimentos e a simetria dos orifícios.

(Clique na imagem para ampliar)




Pelo sim, pelo não, fui parar de novo no Hospital Universitário de Maringá. A primeira vez foi em 2008, onde passei uma noite, internado por conta de uma infecção gastro-intestinal (veja AQUI)

(Clique na imagem para ampliar)




Me deparei com a mesmo problema de superlotação que encontrei em 2008, a despeito dos investimentos feitos de lá pra cá. A capacidade de internação do pronto-socorro é de 31 pacientes ao dia, mas atende de 80 até 100 pacientes, o que resulta em atendimentos feitos nos corredores. Isso se deve ao fato de que além da população de Maringá, o HU recebe pacientes de municípios próximos. Apesar das dificuldades, os profissionais de saúde tem se esforçado para oferecer um bom atendimento, eu mesmo sou testemunha disso. Quando tuitei o governador do Paraná Roberto Requião sobre este problema, ele me disse que haviam obras de ampliação do hospital em andamento, o que pude realmente comprovar. Resta agora saber se o novo governador, o tucano Beto Richa, dará continuidade a essas obras.

Na próxima postagem, a continuação desta mais nova viagem ao Paraná.
:)

sábado, 9 de outubro de 2010

Fotos ferroviárias de Loris Machado

Em mais uma visita ao mercado de pulgas da Pça XV, no Rio, encontrei na banca de Lília Nappi, comerciante de fotos e postais antigos, duas fotografias que Lília afirmou serem de autoria da fotógrafa Loris Machado (1950-2002). Ao pesquisar sobre Loris, encontrei sua biografia no site do Itaú Cultural (veja AQUI).

As fotos pertencem a uma pequena série. Escolhi as que me pareceram mais interessantes. Creio que foram tiradas na gare da estação da Luz, no centro de São Paulo. A foto da esquerda mostra uma locomotiva da General Electric modelo GE 2-C+C-2 (V8), mais conhecida como "Escandalosa".

(Clique na imagem para ampliar)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fábrica de trens em Campinas paga mal e pressiona operários

Produzi esta charge para o movimento dos trabalhadores da CAF, Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, fabricante de trens espanhola situada em Hortolândia, Campinas, que além de pagar baixos salários e não oferecer boas condições de trabalho, coloca pressão nos operários para o cumprimento de prazos de entrega dos trens encomendados pelo Estado de São Paulo para o Metrô e a CPTM.

(Clique na imagem para ampliar)

sábado, 2 de outubro de 2010

Pin ferroviário da Bulgária

Nesta manhã meio lusco-fusco de sábado, numa rápida passada pelo mercado de pulgas da Praça XV, no centro do Rio, encontrei por R$3 um pin ferroviário com a inscrição "Вагонно депо-Варна". Creio se tratar de um antigo emblema de lapela da oficina de vagões da cidade de Varna, na Bulgária.

(Clique na imagem para ampliar)