Eu sou Carlos Latuff, cartunista e fã ferroviário. O propósito desta página é compartilhar com os internautas uma seleção das melhores imagens produzidas durante minhas expedições ferroviárias. Os registros aqui publicados podem ser reproduzidos pelos interessados, com tanto que para fins não-comerciais de informação, citando a fonte (por gentileza). Sou também colaborador do sítio www.estacoesferroviarias.com.br, de autoria do pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, a página mais completa da Internet sobre estações ferroviárias brasileiras.

terça-feira, 30 de março de 2010

Material rodante do antigo ramal da Marítima, Porto do Rio de Janeiro

No início da tarde de segunda-feira, dia 15 de março, estive na zona portuária do Rio de Janeiro, em busca dos vestígios do antigo ramal da Marítima (já tratei sobre este ramal aqui). Sempre tive curiosidade de fazer esta investigação. Havia antes tentado entrar discretamente no cais do porto, mas fui interceptado por policiais federais. Daí tive de requerer uma autorização da Companhia Docas do Rio de Janeiro, o que foi providenciado pela assessora de comunicação da empresa, a jornalista Adriana França, a qual agradeço a gentileza e cordialidade com que fui tratado. Na companhia de Adriana, percorremos de carro boa parte do porto, onde encontramos locomotivas de manobras (switcher), guindaste, trilhos, vagões e até um trole de linha! Com a extinção do ramal da Marítima e o fim do intenso tráfego de trens cargueiros do porto até o pátio de manobras, cruzando a Avenida Rodrigues Alves (o que no passado causava contantes retenções no trânsito), todo esse material encontra-se abandonado e esperando seu descanso final em algum ferro-velho.

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sábado, 27 de março de 2010

Estação ferroviária de Bocaina (SP)

Concluída a busca pelas ruínas da estação Taboca (veja aqui), eu, o professor Henrique Perazzi de Bauru, Renato Dias chefe do setor de cultura da Prefeitura de Bariri, Altivo Godoni, administrador da fazenda Santa Helena e João, o motorista, fomos parar em Bocaina, e lá conhecemos a estação ferroviária (atualmente abrigando a Casa do Artesão, como também um polo de serviços públicos).

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Aspecto atual da estação ferroviária de Bocaina.


Fotos e um antigo sino em exibição no interior da estação.


Aspecto da estação quando ainda em funcionamento, nos traços do artista Gumercindo Veronese, de Jaú, datado de 21 de setembro de 1978. A obra se encontra em precárias condições de conservação.

Conhecemos também Walmir Furlaneto, historiador e pesquisador do Museu Histórico Ruth Bueno Pontes Nigro. Walmir dispõe de vasto material iconográfico a respeito da ferrovia, parte dele gentilmente cedido para exibição neste blog. Encerro assim mais uma expedição pelo interior de São Paulo, com as fotos e um texto que Walmir me enviou contando a história da Estrada de Ferro do Dourado (ou "Douradense") em Bocaina.

Companhia de Estrada de Ferro Dourado "Douradense"

"O desenvolvimento da malha ferroviária do Estado de São Paulo, é obra de seus próprios habitantes, e a pequena ferrovia que tomou o nome de Estrada de Ferro Douradense, do vale principal ao rio encontrado em seu traçado, nasceu em expansão natural das lavouras de café e outros produtos, por zonas mais afastadas dos trilhos do grande tronco da Companhia Paulista.

A Dourandense começou a sua construção logo após a aprovação dos estudos definitivos da linha, o que ocorreu em 07 de agosto de 1899. Em outubro de 1900 foram abertos os primeiros 10 km(até Ferraz Sales) partindo de Ribeirão Bonito(estação final da CEPF, do ramal que se iniciava em São Carlos, em bitola métrica), em bitola de 0,60m e, em dezembro seguintes os outros 10 km até Dourado. O prolongamento desta linha prosseguiu e em maio de 1903, inaugurou-se o traçado até Boa Esperança do Sul. Em 20 de agosto de 1906 inaugurou-se o trecho de Boa Esperança do Sul a Ponte Alta com 17 quilômetros

Com alargamento da bitola para 1,00m, a linha primitiva, entre Ribeirão Bonito e Dourado foi suprimida por causa de seu traçado acidentado e a ligação para Dourado, onde haviam as grandes oficinas da estrada, ficou sendo via Trabiju, local que também teve a estação modificada de lugar quando do alargamento da bitola.

Em 1910 a ferrovia chega à Bocaina

Bocaina começou a ser servida pelo trem em 08 de junho de 1910, através da Companhia de Estrada de Ferro Douradense.

O dia 08 de junho de 1910 foi muito festivo para os bocainenses, inaugurava-se a estação da Companhia de Estrada de Ferro Dourado "Douradense". O primeiro trem a chegar veio de Bariri. Quando ele parou na gare ouviram-se prolongadas salvas de palmas, alaridos, a banda musical executou marchas e dobrados e espoucaram fogos e artifícios. Praticamente toda população estava presente cercando os membros da Primeira Câmara. O prefeito era Ulisses Corrêa, rodeado de Onofre Pacheco de Almeida Sampaio, Venâncio Garcia Simões, Alfredo Costa Cardoso, Dr. Emilio Casasco, além do padre Mariano Curia. A Douradense serviu Bocaina até 1949, quando foi encampada pela Companhia Paulista.

A implantação da ferrovia foi de muita importância para o desenvolvimento no município, principalmente no que concerne ao escoamento da produção cafeeira. Aqui existia um ramal que ligava Bariri a Trabiju. Eram dois horários da velha "Maria Fumaça", com o seu tradicional apito. De Bariri para Trabiju o trem passava em Bocaina às 7h30m. De Trabiju as pessoas podiam seguir para São Carlos, onde faziam baldeação para outro trem que as levaria para, Rio Claro, Campinas, Jundiaí e São Paulo.

A ferrovia dividia ao meio a Praça Zeca Livino e o bosque municipal. No horário da tarde, era grande o movimento de pessoas que aguardavam a chegada do trem, pois neles vinham as correspondências e os jornais do Correios, além dos filmes que eram exibidos no cinema. No trem, o passageiro também podia adquirir sua revista ou jornal, que eram vendidos pelo senhor José Lopes, mais conhecido por "Zé Revisteiro". Ele trazia um dos jornais que os esportistas esperavam com ansiedade, a "Gazeta Esportiva". José Lopes foi revisteiro do trem durante 31 anos.

Em 1949, a Cia. de Estrada de Ferro Dourado "Douradense", depois de 39 anos servindo Bocaina, foi encampada pela Companhia de Estrada de Ferro Paulista, S/A que permaneceu até 15 de setembro de 1966, quando o então governador Laudo Natel, determinou o fechamento das estações deficitárias.

O trem que saía de Bariri, passava pelas seguintes estações: Santa Eulália, Taboca, Posto Rangel, Izar, Bocaina, Pedro Alexandrino, Major Novaes, Trabiju, Sampaio Vidal e Ribeirão Bonito.

Em 1966 o último apito

Quantas saudades do horário das 16h30m, quando a "Maria Fumaça", apitava e vinha valentemente rodando pelos trilhos e fazia uma parada em Bocaina para baldeação de passageiros que seguiriam viagem rumo as estações do Izar, Posto Rangel, Taboca, Santa Eulália e finalmente Bariri, onde o trem repousava para recomeçar tudo novamente na manhã seguinte. De manhã, por volta das 7h30m, a rotina era a mesma e ele chegava a Bocaina, partindo rumo a Trabiju, onde existia gigantescos armazéns de café que pertencia ao extinto IBC (Instituto Brasileiro do Café).

Contam os mais antigos que ali se queimou muito café devido a crise mundial de 1929. De Trabiju os passageiros podiam seguir viagem até São Carlos, onde faziam baldeação em outro ramal que os levaria rumo a Rio Claro, Campinas, Jundiaí e São Paulo.

A ferrovia tinha em cada estação um responsável que era designado de "Chefe de Estação". Em Bocaina, Remigio Diegues, era quem respondia por essa função, na qual ele exerceu quase 50 anos. Ele morava em uma casa construída pela ferrovia a menos de 50 metros da estação.

Assim que partia de Bocaina, o trem percorria uns 4 km e depois de atravessar um pontilhão fazia seu abastecimento de água num reservatório conhecido por "caixa d’água".

A última locomotiva que passou por Bocaina, foi a número 730, no dia 15 de setembro de 1966 levando consigo todo material de escritório. Era o adeus da Maria Fumaça aos bocainenses depois de 56 anos."


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Trem estacionado na estação de Bocaina, 1930.
Foto: B.Garcia
Acervo Walmir Furlaneto



Estação da Estrada de Ferro Dourado (ou "Douradense") em Bocaina, 1933.
Foto: B.Garcia
Acervo Walmir Furlaneto



Trem chegando na estação de Bocaina.
Foto: Museu Histórico de Bocaina "Ruth Bueno Pontes Nigro"



Armazéns da ferrovia
Acervo Walmir Furlaneto



Acidente da Douradense ocorrido no trecho Trabiju-Ribeirão Bonito.
Foto: Revista Brasileira de Ferreomodelismo
Acervo Walmir Furlaneto



Locomotiva 730 que vez a última viagem Bariri-Bocaina levando os materiais de escritório e outros pertences na desativação da ferrovia em 15 de setembro de 1966
Foto: José Baptista(ferroviária aposentado)
Acervo Walmir Furlaneto



Última foto dos funcionários na desativação da ferrovia em 15 de setembro de 1966 em Bocaina. Da esquerda para direita: Gabriel, Waldomiro, Lázaro, Remigio Diegues e José Baptista
Foto: José Baptista, ferroviário aposentado
Acervo Walmir Furlaneto



Maquinista da locomotiva 730 em Bocaina, durante a última viagem Bariri-Bocaina em 15 de setembro de 1966
Foto: José Baptista, ferroviário aposentado
Acervo Walmir Furlaneto

quarta-feira, 24 de março de 2010

Estação de Taboca, Bariri (SP)

Como vimos na postagem anterior (aqui) depois do almoço com o professor Henrique Perazzi de Bauru e Renato Dias chefe do setor de cultura da Prefeitura de Bariri, fomos de carro na companhia do Seu João, o motorista, em busca da parada de Taboca. Seguindo pela estrada que liga Bariri a Bocaina, encontramos uma placa que indicava a localidade. Percorremos um bom trecho de estrada de terra e não achamos nem sinal de qualquer coisa que lembrasse uma ferrovia. Trabalhadores rurais num trator nos informaram de que a pessoa mais indicada para nos ajudar seria o administrador da Fazenda Santa Helena, o Sr. Altivo Goldoni. Fomos então procurar por ele, isso já de volta à rodovia, indo para Bocaina. Chegando na fazenda, um dos empregados nos disse que ele não estava. Tentamos ligar para seu celular, que não atendeu. Este mesmo funcionário subiu numa moto e foi chamá-lo. Voltou logo depois e pediu que o esperássemos. Não demorou para que o Sr. Altivo chegasse numa caminhonete preta. Meio desconfiado, nos recebeu. Pedimos a ele que nos explicasse como chegar até parada Taboca. Ele até tentou explicar, mas ficou claro pra nós que era mais fácil levá-lo conosco até lá.

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Voltamos pela rodovia e entramos num acesso sem qualquer sinalização, só mesmo o Seu Altivo conseguiria identificar. Percorremos um trecho de terra roxa em meio a vastos canaviais e lá estava o ponto exato de Taboca, onde Seu Altivo disse ter havido uma estação e também a Fazendo Primavera, com lavoura de café, cocheiras, casas de empregados e uma igreja. A informação procede, como indica esse convite para uma festa religiosa em Taboca, datado de fevereiro de 1933, gentilmente enviado pelo pesquisador Walmir Furlaneto.

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A estação servia as fazendas de café da região e também a passageiros. Quando a Fazenda Primavera foi vendida para usineiros do poderoso Grupo Atala, a providência dos novos donos foi botar tudo abaixo e plantar cana-de-açucar, uma atitude que demonstra bem a truculência do agribusiness.

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O Prof. Henrique em sua página Mafuá do HPA fez uma descrição pormenorizada e ilustrada do que ele mesmo chama de "Saga em busca da estação de Taboca" (veja aqui).

Deixo aqui registrado meu sincero agradecimento a Renato Dias por ter nos possibilitado essa expedição, bem como o Sr. Altivo Goldoni cuja assistência foi imprescindível para a localização das ruínas de Taboca. Mas a expedição não terminou aqui. Nossa próxima parada foi a cidade vizinha, Bocaina (veja aqui).

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estação ferroviária de Bariri (SP)

Um dos meus passatempos preferido é fuçar a página Estações Ferroviárias e buscar aquelas que não tenham fotografias recentes. Estes registros são na maioria das vezes produzidos pelas pessoas (fãs ferroviários ou não) durante passeios e viagens. São geralmente as estações mais remotas que não dispõem de fotografias.

Já sabendo que estaria na cidade de Bauru, pesquisei por ferrovias próximas e encontrei o ramal de Bariri, cidade distante 337 km de São Paulo. De acordo com o livro Ferrovias do Brasil do IBGE, de 1956, havíam 9 estações e paradas que compunham o ramal entre Trabiju e Bariri. Resolvi checar uma delas: Taboca. Me supreendi com isso, já que a grande maioria de fãs ferroviários é de São Paulo, e praticamente cada metro quadrado daquele estado já foi fotografado.

Informei de minha vontade de ir até Bariri ao Prof. Henrique Perazzi, que junto com o Prof. Paulo Neves, foi o responsável pela minha viagem até Bauru, e ele foi logo escrevendo para o Chefe do Setor de Cultura de Bariri, Renato Dias dos Passos, que entusiasticamente se colocou a nossa disposição para investigar a parada Taboca, particularmente agora em que a ferrovia completaria 100 anos. Para saber mais sobre a cidade de Bariri, sugiro uma visita a página da prefeitural municipal, que é www.bariri.sp.gov.br

Na companhia do Prof. Henrique, chegamos em Bariri numa ensolarada manhã de quarta-feira, dia 17 de março, e fomos recebidos primeiramente por uma senhora muito querida de nome Dorothy. Logo depois chega o Renato, esbaforido, com pastas na mão e um sorriso largo no rosto. Um sujeito bacana, que sabe tudo da história de sua região, baixista da banda Legião Urbana Original Cover. Depois de sentar e beber uma água, batemos um papo rápido, ele me mostrou algumas fotos antigas, fui entrevistado por uma jovem para um jornal local, e seguimos até a Casa de Cultura, antiga sede da prefeitura.

Por conta de um artigo a meu respeito publicado no dia anterior num jornal de Bauru (veja aqui), acabei sendo recebido por representantes do município e imprensa local. O fato foi citado na página da prefeitura de Bariri (veja aqui).

O ramal de Bariri foi contruído em 1910 pela Cia. Estrada de Ferro do Dourado, ou "Douradense", e sua inauguração aconteceu no dia 24 de setembro de 1910, com a presença da população de Bariri e de municípios vizinhos, bem como autoridades civis e militares.

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Estação ferroviária de Bariri no dia de sua inauguração em 1910.
Foto: Arquivos Gaudiosi Foto e Vídeo - "Bariri, a Milionária do Vale do Tietê", Editora Noovha America, 2007



Aspecto do pátio de manobras da estação ferroviária de Bariri, onde podem ser vistos também os armazéns e as casas de turma.
Sem data.
Foto: Vinicio Carlos Leite



Pátio de manobras da estação de Bariri.
Foto sem data, autor desconhecido.


Em 1949, a Cia. Paulista de Estradas de Ferro comprou a Douradense, e extinguiu o ramal de Bariri em 16 de dezembro de 1966, tendo seus trilhos sido arrancados logo depois. A estação ferroviária de Bariri já não existe mais, só sobraram as casas de turma e o armazém (local onde atualmente são oferecidos serviços públicos).

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Antigo armazém, atualmente um polo de serviços públicos do município.


Uma das casas de turma da vila ferroviária.


É possível ver numa delas a inscrição em relevo que parece ser "Turma 53".

Depois do almoço, Renato nos levou de carro para procurar os restos mortais da estação/parada de Taboca. E a saga continua! (veja aqui)

domingo, 21 de março de 2010

Estação ferroviária de Bauru (SP)

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Estação ferroviária de Bauru (SP) em pleno funcionamento, sem data - Foto Postal Colombo

Convidado pelos professores Henrique Perazzi e Paulo Neves, estive em Bauru no dia 16 de março para participar do ciclo de palestras "Perspectivas para a América Latina no Século XXI", realizada pelo D’Incao Instituto de Ensino. A primeira vez em que visitei a cidade paulista foi em março de 2006, durante eventos do Observatório Latino-Americano (OLA), também convidado pelo Prof. Henrique e a jornalista Rafaela Tasca. Na oportunidade, pude registrar algumas imagens.

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O Prof. Henrique relata em seu blog Mafuá do HPA suas impressões e traz fotos da palestra: http://mafuadohpa.blogspot.com/2010/03/uma-dica-54-latuff-e-infima.html. Dessa vez minha visita rendeu até matéria em jornal local.

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Eis alguns dos registros que produzi na estação ferroviária de Bauru nos dias 16 e 17 de março de 2010. A estação desativada foi um "presente de grego" da União, entregue ao Sindicato dos Ferroviários como pagamento de antigas dívidas trabalhistas da RFFSA. Pelo que lí nos jornais de Bauru, a prefeitura irá comprar do sindicato este edifício e aí, esperamos, os ferroviários verão a cor do dinheiro. Agora é aguardar pra ver que destino terá a estação, sendo então propriedade da Prefeitura de Bauru.

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sábado, 20 de março de 2010

Urgente! Locomotiva histórica no cemitério de trens de Praia Formosa (RJ)

Esse pequeno blog continua produzindo desdobramentos surpreendentes.
Acabo de receber um correio eletrônico de Luiz Ricardo, residente em Bicas (MG) que, ao ler uma postagem sobre o pátio de manobras da antiga estação ferroviária de Praia Formosa, no Rio de Janeiro (veja aqui), conseguiu identificar numa das fotos a locomotiva de número 503, fabricada nas oficinas da extinta Estrada de Ferro Leopoldina em Bicas, conhecida popularmente como "Dondoca". Ele me envia duas fotos dela.

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A locomotiva 503 ("Dondoca"), nas oficinas da E.F. Leopoldina em Bicas (MG) no ano de 1975, data de sua fabricação.
Foto: Autor desconhecido



A "Dondoca" fotografada em 2004 em Campos (RJ), operada pela concessionária do trecho, a Ferrovia Centro-Atlântica. Repare na sigla FCA pintada na lateral da máquina.
Foto: Autor desconhecido


A locomotiva nos dias de hoje está apodrecendo no cemitério de trens da Praia Formosa, como mostram as fotos abaixo que fiz em 2009. Sugiro ao Luiz que faça contato com a Secretaria de Estado de Transportes, a Ferrovia Centro-Atlântica e a Prefeitura Municipal de Bicas, bem como contactar a imprensa, no sentido de levar esta locomotiva histórica de volta à Bicas. Eu mesmo estou encaminhando esta postagem à prefeitura para que tome conhecimento dessa situação.

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Atenção internautas!

Tirando a barriga da miséria depois de um verão causticante que me impediu de botar o pé na estrada, durante a semana estive em três lugares diferentes coletando importante material ferroviário, a saber:

- Cais do Porto do Rio de Janeiro (15 de março)
- Cidade de Bauru, SP (16 de março)
- Cidade de Bariri, SP (17 de março)


Fiquem de olho!
:)

Pontilhão em Santa Bárbara (MG)

Recapitulando o material produzido na mais recente viagem à Minas Gerais:

- Parte 1 - Finalmente! Primeira expedição do ano!
- Parte 2 - Antigas fotos da estação de Santa Bárbara (MG)
- Parte 3 - Estação Costa Lacerda (MG)
- Parte 4 - Vestígios da estação de Florália (MG)

Concluíndo essa expedição, trago aos queridos internautas foto e ilustração de um belo pontilhão que fica próximo à estação ferroviária de Santa Bárbara. Numa placa exposta na estação, consta o seguinte:
"...O pontilhão encomendado à Inglaterra, ficou retido pela Primeira Guerra Mundial e a estação começou a funcionar antes de estar concluída..."

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domingo, 14 de março de 2010

Estação de Cambé (PR): O perigo continua!

Moacir Carocia, proprietário de um bar na cidade paranaense de Cambé (que tem seu próprio blog, veja aqui), me envia fotos recentes (11 de março de 2010) de alunos do colégio Olavo Bilac aguardando a passagem de trens cargueiros da América Latina Logística. Muitas vezes por conta de manobras, estes trens ficam parados por um bom tempo, impedindo a passagem de pedestres. Numa situação semelhante, em 03 de novembro de 2009, duas estudantes dessa mesma escola que tentaram pular as composições acabaram sendo atropeladas e mortas. Estive no local em 27 de novembro e publiquei artigo a respeito, inclusive gravei uma entrevista em vídeo com os pais das duas jovens (veja aqui). Foi nessa ocasião que conheci o seu Moacir, que me possibilitou essa entrevista e para o qual deixo aqui registrado meus sinceros agradecimentos.

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Longo trem cargueiro da ALL impede passagem de pedestres em Cambé (PR).
Foto: Moacir Carocia



Alunos do colégio Olavo Bilac esperam pela passagem do trem. Devido à manobras, muitas vezes as composições ficam paradas por certo tempo.
Foto: Moacir Carocia



Nesse mesmo local, na tentativa de pular os vagões, duas jovens perderam a vida no ano passado.
Foto: Moacir Carocia



A prefeitura de Cambé segue com a construção de uma passagem subterrânea (trincheira).
Foto: Moacir Carocia



No entanto o prefeito de Cambé, João Pavinato, acredita que a solução definitiva para esse problema seria o rebaixamento do trecho que corta o perímetro urbano, como aconteceu na cidade de Maringá (vide foto).

Vestígios da estação de Florália (MG)

A estação ferroviária de Florália foi a última parada de minha expedição a Santa Bárbara, em Minas Gerais (veja aqui). O acesso até o vilarejo de Florália, assim como Costa Lacerda, se faz por estrada de chão. Facilitou MUITO minha vida ter utilizado o serviço de moto-taxi em Santa Bárbara para chegar até lá. Antes de seguir rumo a Florália, tive acesso a uma fotografia antiga da estação ainda em funcionamento, que faz parte do belo acervo fotográfico de Marcos Leg (veja aqui).

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Da estação que fez parte da vida de muita gente, como a criança e a babá na foto acima, tudo que restou foram meros vestígios de sua fundação, semi cobertos pela terra. Só mesmo moradores antigos da região conseguem identificar sua localização, às margens da Vitória-Minas.

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sábado, 13 de março de 2010

Estação Costa Lacerda (MG)

Quando de minha visita recente a cidade mineira de Santa Bárbara (mostrada aqui e aqui) fui investigar as condições de três estações ferroviárias próximas: Barra Feliz, Costa Lacerda e Florália. A primeira foi completamente demolida. A segunda continua de pé, pertence a Estrada de Ferro Vitória-Minas, tem um pátio de manobras amplo, mas aparentemente sem uso atual, de acordo com funcionários da Companhia Vale do Rio Doce que trabalham alí. A empresa ergueu outro prédio próximo, esse totalmente operacional. Foi do alto deste que fiz as imagens a seguir. Em Costa Lacerda atualmente não há embarque e desembarque de passageiros, o terminal funciona apenas para cargas.

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