Eu sou Carlos Latuff, cartunista e fã ferroviário. O propósito desta página é compartilhar com os internautas uma seleção das melhores imagens produzidas durante minhas expedições ferroviárias. Os registros aqui publicados podem ser reproduzidos pelos interessados, com tanto que para fins não-comerciais de informação, citando a fonte (por gentileza). Sou também colaborador do sítio www.estacoesferroviarias.com.br, de autoria do pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, a página mais completa da Internet sobre estações ferroviárias brasileiras.

sábado, 24 de outubro de 2009

Madeira-Mamoré: A Ferrovia do Diabo que come o pão que o diabo amassou (Parte 1)

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Locomotiva de número 18 estacionada próximo a estação de Porto Velho.

A convite do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO), passei 7 dias na companhia de lavradores nos acampamentos da Liga dos Camponeses Pobres, no interior do estado de Rondônia. No retorno para o Rio de Janeiro, não podia deixar de visitar, mesmo que rapidamente, o pátio da estação de Porto Velho, da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Porque viajar a Rondônia e não ver a ferrovia, é o mesmo que ir a Roma e não ver o papa.

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Aspecto atual do antigo edifício da administração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Inaugurada em 1912, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi resultado do Tratado de Petrópolis, acordo entre Brasil e Bolívia que resolveu disputas territoriais na região onde se situa o estado do Acre. O Tratado previa, entre outras coisas, a construção pelo Brasil de um corredor ferroviário de 366 Km ligando Porto Velho a Guajará Mirim, para facilitar o escoamento da borracha boliviana e brasileira. Dos 21.817 operários, de várias nacionalidades, contratados para essa empreitada, 1522 perderam a vida na selva amazônica, vítimas de malária, tiro e flechada. O fim do ciclo da borracha selou o destino da ferrovia, cuja importância foi minguando ao longo de 5 décadas, até que em 25 de maio de 1966 o então presidente Castelo Branco deu o golpe de misericórdia, decretando a extinção da "Ferrovia do Diabo".

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Aspecto atual da estação de Porto Velho.


Ruínas da usina de força.

Na minha rápida passagem pelo pátio de manobras da estação de Porto Velho encontrei diversas composições, a maioria sucateadas, algumas cobertas de vegetação.

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Ví também armazens, um girador de locomotivas, um galpão com peças, guindaste, ferragens, quase tudo abandonado. O lugar serve de playground para desocupados e drogaditos.

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O pátio da estação encontra-se em obras, e num dos tapumes pude fotografar um graffiti que diz "Sobrinho corrupto destrói a E.F.M.M.", em alusão ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho. A palavra "Sobrinho" foi coberta com tinta branca, provavelmente por partidários do político.

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A princípio não ficou claro pra mim qual era exatamente o problema numa obra de revitalização desse importante patrimônio histórico. Mas pesquisando na Internet, me deparei com a página Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico e a seguinte declaração da presidente da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Estado de Rondônia e Amigos da Madeira-Mamoré (AMMA), Mayra Banchieri:

"O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho ao invés de restaurar a E.F.M.M, está reformando. Restauração e reforma são coisas totalmente diferentes, pois, com a restauração se recupera as peças por especialistas, enquanto que na reforma se substitui peças antigas por outras novas, fato que vem acontecendo no pátio da ferrovia".


O artigo vai mais além. Traz o depoimento de José Augusto, delegado federal aposentado e defensor do patrimônio histórico de Rondônia:

"É muito grave o processo de descaracterização do centro histórico de Porto Velho, reconhecidamente o mais homogêneo conjunto arquitetônico de origem norte-americano, destruído pelo atual prefeito de Porto Velho, com aval de instituições de Estado como IPHAN e GRPU"

José afirma que até um vagão pertencente ao acervo ferroviário foi emprestado para escola de samba Grande Rio em 1997 pelo ex-governador e atual senador Waldir Raupp. O vagão teria sido transformado em atelier de luxo em Brasília. E conclui:

"Roberto Sobrinho deve sair da prefeitura de Porto Velho, algemado e mandado diretamente para o presídio Urso Branco como criminoso comum..."


A íntegra do artigo pode ser lida no seguinte endereço: http://www.defender.org.br/prefeito-de-porto-velho-e-destruidor-e-aloprado/

A segunda parte de minha visita pode ser vista aqui: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com/2009/11/madeira-mamore-ferrovia-do-diabo-que.html

domingo, 11 de outubro de 2009

Roupa Nova??? Sim, Roupa Nova!!!


Não me considero um romântico, brega, apaixonado ou vivendo um grande amor. Mas de qualquer forma, gosto das canções do Roupa Nova. Uma delas inclusive, tem a ver com meu gosto por ferrovias:

...Te dou o meu coração
Queria dar o mundo
Luar do meu sertão
Seguindo no trem azul...

Toda vez que for assoviar
A cor do trem
É da cor que alguém fizer
E você sonhar...


Seguindo no Trem Azul
Cleberson Horsth - Ronaldo Bastos


Mas a canção que compartilho com os queridos internautas, sejam fãs ferroviários, fãs do Roupa Nova ou nenhum dos dois, é Sonhos. Pra dar uma aliviada das tantas tretas que tenho tratado nesse blog. Logo abaixo, a letra pra voce acompanhar.

Como disse, não estou vivendo nenhum grande amor, mas quando e se isso acontecer, certamente terei essa música na cabeça.




SONHO

Roupa Nova
Composição: Serginho - Nando

Leve feito o vento vem
Já quase de manhã
Quase não acreditei
Nesse sonho
Pude até sentir você
Chegando pelo ar
E entrando em mim
Devagar
Deusa da beleza e cor
Feita pro amor
Quero ter você de manhã
Quero ver você na manhã
E sentir o amor desse sonho
Minha deusa da beleza e cor
Quero amar você
Cada movimento seu
Foi fonte de prazer
Nunca vou me esquecer
Desse sonho
Pude até sentir você
Fugindo pelo ar
Me deixando assim
Sem dormir
Deusa da beleza e cor
Quero o seu amor


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Supervia...de novo!!!


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Resumo rápido.

No início da manhã de ontem, na Baixada Fluminense, passageiros revoltados com mais um atraso nos trens da Supervia depredaram estações e composições. Qual a providência do governador Sérgio Cabral diante disso? Limitou-se a chamar os passageiros de "vândalos" e disse que mandaria a polícia investigar o quebra-quebra.

Hoje, por volta de 4 da tarde, um novo atraso, dessa vez na Central do Brasil, levou a mais uma revolta popular. Qual a providência da Supervia diante disso? Chamou a tropa de choque da PM que distribuiu balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo, ferindo passageiros que tiveram de ser hospitalizados. A empresa mandou também seus agentes de segurança confiscar equipamentos dos cinegrafistas que registravam o tumulto.

Sem muito o que acrescentar, a verdade é uma só. A solução é CASSAR a concessão da Supervia, e passar a administração dos trens para o poder público, já que transporte é atribuição de estado, e se o governo estadual e o BNDES tem dinheiro pra comprar trens novinhos em folha para a Supervia, pode muito bem investir esses recursos no transporte ferroviário de passageiros sem a participação nefasta de uma empresa privada de incompetência e má fé comprovadas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Estrada de Ferro Vitória a Minas

O internauta Leonardo Mendonça Corrêa, me envia por correio eletrônico um importante documento. Trata-se do histórico de todas as estações da Estrada de Ferro Vitória a Minas, em 1958, acompanhado de duas fotografias. Ele diz o seguinte:

"Estou enviando um material que me foi passado por um maquinista que realizou treinamento comigo. O arquivo original contém várias fotos das estações, porém o arquivo é muito grande, sendo necessária a retirada das fotos."

Reproduzo o conteúdo aqui, agradecendo imensamente ao Leonardo pelo valioso material.

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"A EFVM começou a ser construída no dia 30 de março de 1903, para ligar o porto de vitória no Espírito Santo, a cidade de Diamantina em Minas Gerais, posteriormente seu traçado foi mudado para região de Itabira com o objetivo de transportar minério de ferro. Com o rápido progresso das obras, o primeiro trecho da EFVM, com cerca de 30 Km, foi festivamente inaugurado no dia 13 de maio de 1904 ligando a estação de Porto Velho a Alfredo Maia, a estação inicial da EFVM fora prevista para ser construída na ilha de São Carlos, mas o atraso na construção de uma ponte e dos respectivos aterros para sua ligação ao continente fez com que Porto Velho fosse provisoriamente a estação inicial da EFVM durante cerca de 18 meses."

NOSSAS ESTAÇÕES 1958

Estação de São Carlos

Inaugurada em dezembro de 1905, São Carlos era o ponto inicial da EFVM na ilha de São Carlos as margens da baia de Vitória próximo ao Porto das Argolas onde já existia uma estação da E.F Sul- Espírito Santo que ligava Vitória a Cachoeiro do Itapemirim. O novo edifício da estação de São Carlos foi inaugurado em 1927, e foi rebatizado como Pedro Nolasco após seu falecimento em 1935.

Estação de Pedro Nolasco

Estação inicial - KM 0. Antiga estação S. Carlos, com altitude de 2,547 metros, localizada no Município do Espírito Santo (Vila Velha). O seu nome foi dado em homenagem ao realizador da Estrada Engº Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha, que foi Presidente da Cia E.F.Vitória a Minas, até a data do seu falecimento. Nasceu em 14 de junho de 1865 e faleceu em 10 de janeiro de 1935. A estação foi inaugurada no dia 20 de dezembro de 1905.

Estação de Porto Velho

Posto telegráfico - Km 1 + 360 - com altitude de 3,700 metros, situado no município de Cariacica. Seu nome é local e foi deste posto que em 13 de maio de 1904 partiu o primeiro trem da EFVM.

Estação de Cariacica

Localizada em Cariacica, Município do Espírito Santo (Vila Velha), foi inaugurada em 1904.

Estação de Itacibá

Posto telegráfico. Km 2 + 247 com altitude de 4,460 metros, situado no Município de Cariacica. Serve às Oficinas de Carros e Vagões. O seu nome indígena significa “Frente de pedra” Ita - Pedra; cibá - frente. Sua inauguração deu-se em 15 de Julho de 1943.

Estação de Santana

Posto telegráfico no km 3 + 600, com altitude de 6,000 metros, Município de Cariacia. Deposito geral de britas da Via Permanente. Seu nome é local. Foi aberto em 11 de outubro de 1955.

Estação de Flechal

Estação km 6 + 595 - com altitude de 4,025 metros - Município de Cariacica. Tomou o nome da localidade e foi inaugurada em 18 de fevereiro de 1945.

Estação de Vasco Coutinho

Estação cujo nome é uma homenagem ao fundador do Espírito Santo - português Vasco Fernandes Coutinho. Está situada no km 13 + 142, com altitude de 5,977 metros. Município de Cariacica. Inaugurada em 1º de novembro de 1947. Nome anterior “Alfredo Maia”.

Estação de Capitania

Antiga estação Alfredo Maia. Inaugurada em 13 de Maio de 1904, com a presença do Sr Ministro da Viação, Dr. Lauro Severiano Muller. O atual nome foi dado em homenagem ao bom café espírito santense, universalmente conhecido por “CAPITANIA”. A estação está localizada no km 20 + 275, com altitude de 5,634 metros - Município de Santa Leopoldina.

Estação do Relógio

Estação - km 27+ 253 - com altitude de 11,460 metros. Município de Serra. O seu nome foi tirado do Córrego do Relógio, que cruza a Estrada no km 27. Foi inaugurada em 14 de julho de 1946.

Estação de Calogi

Situada no km 34 + 835 - Município da Serra, com altitude de 58,586 metros. Seu nome inicial era Itapocú, que significa “Pedra Grande” (Ita - pedra; pocu - comprida, grande). Por solicitação do povo do Município da Serra foi mudado nome para Calogi (Nome do córrego que passa perto da Estação). Sua inauguração deu-se em 29 de dezembro de 1904. Nome Anterior “Itapocu”.

Estação de Timbui

Localizada no km 43 + 923, com altitude de 45,626 metros. Município de Fundão. Seu nome indígena significa: “Rio Gambá” (Timbu - Gambá; hy - rio). Foi inaugurada em 29 de dezembro de 1904.

Estação de Fundão

Sede do Município de Fundão, localizada no km 51 + 401, com altitude de 41,470 metros. Sua inauguração deu-se em 15 de maio de 1905.

Estação de Pedro Palácios

Nome dado em homenagem ao Frei Pedro Palácios, catequizador católico, que aportou em Vila Velha, em 1558, erigindo o majestoso Convento da Penha, em louvor à padroeira do Estado do Espírito Santo - nossa Senhora da Penha. A estação está localizada no km 60 + 147, com altitude de 51,566 - Município de Ibiraçú. Foi inaugurada em 5 de outubro de 1947.

Estação de Aricanga

Estação situada no Município de Ibiraçú, com altitude de 41,290 metros, km 66 + 740. Seu nome foi dado por estar nas fraldas da Serra de Aricanga, cujo significado é: “Coqueiro de cocos duros”. (Airi - coco; canga - duro). Sua inauguração foi no dia 1 º de setembro de 1947.

Estação de Caboclo Bernardo

Posto telegráfico - km 73 + 410, com altitude de 63,800 metros. Município de Ibiraçú. Homenagem ao caboclo Bernardo José dos Santos, que, em Regência, sua terra natal, com sua coragem salvou toda a tripulação do “Imperial Marinheiro”, da marinha Nacional que havia sido jogado pelas ondas bravias do mar, nos baixios da foz do Rio Doce. Neste posto telegráfico temos bifurcação da linha tronco com o ramal João Neiva. Foi inaugurado em 17 de junho de 1946.

Estação de João Neiva

Estação situada no antigo traçado, que foi conservado para servir as Oficinas de locomotiva a vapor. Seu nome foi dado para homenagear o Dr. João Neiva - Deputado Federal pela Bahia, que com o seu prestigio e inteligência, defendia os interesses da Vitória a Minas no Congresso Nacional. A estação fica a 2 km do posto telegráfico “Caboclo Bernardo”, com altitude de 59.410 metros. Município de Ibiraçu, inaugurada em 20 de dezembro de 1905.

Estação de Piraqueaçú

Foi inaugurada em 1 º de outubro de 1949Km 75 + 500, com altitude de 61,220 metros. Município de Ibiraçu. Piraqueaçú é o nome do rio que banha João Neiva, corta o traçado ferroviário, antes da estação. Nome indígena que significa “Entrada grande para peixes” (Pira - peixe; ikê - entrada; assu - grande. Os aborígines davam este nome a toda entrada de rio onde o peixe entrava para desova.)

Estação de Cavalinho

Município de Ibiraçú - km 84 + 400, com altitude de 72,886 metros. Esta estação está localizada nas fraldas da serra do Cavalinho, cujo perfil se assemelha a um cavalo. Foi inaugurada em 24 de maio de 1920. inicia-se no km 84. garganta da borboleta, a bacia do Rio Doce.

Estação de Treviso

Estação km 93 + 060, com altitude de 40,639 metros. Município de Ibiraçú. Seu nome foi tirado do Córrego Treviso, influencia da colônia italiana domiciliada nos municípios do norte do Espírito Santo. Inaugurada em 18 de março de 1948.

Estação de Tabual

Situada no km 102 + 015, com altitude de 35,470 metros. Município de Colatina. Seu nome é local e foi inaugurada em 2 de junho de 1947.

Estação de Maria Ortiz

Localizada no Município de Colatina, km 110 + 194, com altitude de 37,130 metros. Primeira estação na margem do rio Doce. Seu nome é uma homenagem à mulher espírito santense, que no século XVI, com a sua bravura, expulsou os holandeses de Vitória. Foi inaugurada em 1º de setembro de 1947.

Estação de Barbados

Situada no km 119 + 601, com altitude de 45,230 metros. Município de Colatina. Tem o seu nome tirado da ilha fluvial, que fica em frente à “Ilha dos Barbados”, onde durante o período de construção - 1906 - havia grande quantidade de macacos do tipo barbados. Foi inaugurada em 12 de novembro de 1932.

Estação de Colatina

Sede da Comares de Colatina. Esta estação está localizada no km 1280 + 040, com altitude de 40,060 metros. Foi inaugurada em 20 de dezembro de 1906. Seu nome é uma homenagem à Exma. Sra. D. Colatina Muniz Freire, digníssima esposa do D. José de Mello Carvalho Muniz Freire, que, na época, dirigia os destinos do Estado do Espírito Santo.

Estação de Santa Joana

Nome do rio que cruza a linha férrea, antes da entrada do pátio da Estação. Está localizada no km 137 + 385 - Município de Colatina, com altitude de 45,965 metros. Sua inauguração se deu em 1º de fevereiro de 1922.

Estação de Porto Bello

Município d Colatina - km 146 + 718 - altitude e 50,094 metros. O nome Belo é o sobrenome do Dr. Hermann Bello - Proprietário das terras, onde está situada a estação, cujo porto, nas margens do Rio Doce, é acessível à canoas. Foi inaugurada em 8 de agosto de 1907.

Estação de Itapina

Antiga Lage, depois de Ita. Está localizada no km 150 + 775, município de Colatina, com altitude de 50,094. Seu nome indígena significa: “Pedra Pelada” (Ita - pedra; pina - pelada, lisa). Foi inaugurada em 20 de setembro de 1919.

Estação de Mascarenhas

Antiga Mailask (Visconde de Sapucahy, sócio e sogro do Dr. Pedro Nolasco, que juntos construíram os primeiros 500 metros do Cais de Vitória, em 1900 - 1914). O nome atual é o da Vila, onde está a estação. Sua altitude é de 59,555 metros e está localizada no km 162 + 387. Município de Baixo Guandu. Teve sua inauguração em 8 de agosto de 1907. Nome Anterior “Maylasky”.

Estação de Baixo Guandu

Última estação no Território do Estado do Espírito Santo. Está localizada no km 173 + 407, com altitude de 72,660 metros. Sede do município de Baixo Guandu. Foi inaugurada em 8 de agosto de 1907.

Estação de Aimorés

Antiga “Natividade do Manhuassú”, é a primeira estação em território mineiro. Sede do Município de Aimorés, situado no km 179 + 645, com altitude de 78,060 metros. Sua inauguração deu-se em 8 de agosto de 1907. Nome Anterior “Natividade de Manhuaçu”.

Estação de Otacílio de Almeida

Posto Telegráfico localizado no km 190 + 738, com altitude de 86,450 metros - Município de Aimorés. Seu nome foi dado em homenagem ao artífice - Otacílio de Almeida, que em 1º de setembro de 1949, quando substituía um pára-choque de um carro, em Porto Velho, foi acidentado, falecendo no dia 2 do mesmo mês. Sua inauguração foi em 13 de julho de 1954.

Estação de Ituêta

Estação localizada no km 201 + 347, com altitude de 89,600 metros. Município de Ituêta. Seu nome indígena pode ser traduzido como: “Pequenos saltos - cachoeirinhas ou seguimentos de pequenas cachoeiras” (Itu - Salto, pequenas cachoeiras; eta - corruptela de etá - designação do plural). Foi inaugurada em 20 de julho de 1927.

Estação de Antônio Santos

Denominação do Posto telegráfico no km 206 + 276, com altitude de 92,470 metros, situado no município de Resplendor. O seu nome foi dado, a pedido do povo de Resplendor, homenageando o fundador da localidade que se chamava Antônio Santos. Sua inauguração deu-se em 4 de maio de 1949.

Estação de Resplendor

Nome da cidade e sede do Município de Resplendor. A origem deste nome é devido a uma grande pedra na margem esquerda do Rio Doce, que apresenta em uma das faces, a forma de um grande resplendor, em cores rosa e parda. A estação está localizada no km 216 + 720, com altitude de 94,950 metros, e foi inaugurada em 1º de maio de 1908.

Estação Cristóvão Ximenes

Posto Telegráfico no km 226 + 000, com altitude de 105,050 metros, localizada no Município de Resplendor. Homenagem póstuma ao maquinista Cristóvão Ximanes, que após 25 anos de serviço, faleceu em 2 de setembro de 1944, proveniente de um acidente na linha. A inauguração do posto deu-se em 19 de setembro de 1949.

Estação de Crenaque

Estação no km 233 + 393, com altitude de 117,030 metros. Município de Resplendor. Seu nome foi tirado das tribus indígenas, que habitaram aquelas plagas: “Tribu Crenak”. Foi inaugurada em 4 de dezembro de 1926.

Estação Antônio Vitorino

Posto Telegráfico no Município de Resplendor, km 240 + 150, com altitude de 120,330 metros. O nome do posto é uma homagem póstuma ao motorista Antônio Vitorino de Oliveira, que após 23 anos de serviço, sofreu um acidente na linha, falecendo em 12 de agosto de 1950. Foi inaugurado em 13 de julho de 1954.

Estação Conselheiro Pena

Sede do Município de Conselheiro Pena, km 250 + 720, com altitude de 123,060 metros. O primitivo nome da estação era “Lajão”, inaugurada em 4 de novembro de 1908. Em 1º de dezembro de 1939, em homenagem ao grande vulto nacional, Conselheiro Afonso Pena, foi mudado o nome do município e da estação. Nome Anterior “Lajão”.

Estação Adelício Nascimento

Posto Telegráfico no km 257 .+ 282, com altitude de 124,770 metros no Município de Conselheiro Pena. Homenagem ao velho maquinista Adelício Manoel do Nascimento, que, em um tombamento, na Ponte de Baunilha, m 14 de janeiro de 1940, perdeu a vida, após 20 anos de bons serviços. Foi inaugurado o posto em 13 de julho de 1954.

Estação de Barra do Cuieté

Localizada na foz do Rio Cuieté, km 264 + 900, com altitude de 127,179 metros, Município de Conselheiro Pena. A estação foi inaugurada com o nome de “Cuieté”, em 1º de janeiro de 1926. Seu nome indígena significa: “Guia verdadeira”. (Cuie - Guia, vasilha; etê - verdadeira).

Estação de São Tomé do Rio Doce

A parada foi inaugurada em 11 de janeiro de 1939, a pedido da população de S. Tomé (hoje Galiléa, na margem esquerda do Rio Doce). Em 23 de maio de 1949, foi elevada a categoria de estação. Fica localizada no km 272 + 641, com altitude de 130,580 metros, no Município de Tumiritinga.

Estação de Tumiritinga

Antiga estação de “Cachoeirinha”, inaugurada em 18 de setembro de 1909, fica localizada no km 285 + 357, com altitude d 138,170 metros, sede do Município de Tumiritinga. Seu nome indígena significa: “Pequena cachoeira branca”. (Itu - salto, cachoeira; Miri - pequeno; Tinga - branco). Nome Anterior “Cachoeirinha”

Estação de Severino Oliveira

Posto Telegráfico no km 292 + 960, Município de Governador Valadares, com altitude de 141,693 metros. Severino Pinto de Oliveira, era trabalhador da 2ª turma da Via Permanente, que, em 13 de agosto de 1947, sofreu um acidente na linha, vindo a falecer em 23 de agosto do mesmo ano, após 20 anos de serviço na Estrada. O Posto foi inaugurado em 13 de outubro de 1951, tendo recebido o nome de Severino Oliveira, em 13 de julho de 1954.

Estação de Pirapama

Antiga estação “Trairas”, inaugurada em 20 de julho de 1927. situada no Município de Governador Valadares, km 300 + 510, com altitude de 144,470 metros. O atual nome indígena significa: “Lugar onde o peixe salta”. (Pira - peixe; pama - bate). Nome Anterior “Trayras”.

Estação de Geraldo Patrocinio

Posto Telegráfico no km 303 + 905, com altitude de 144,470 metros. Município de Governador Valadares. O nome do Posto foi dado em homenagem ao trabalhador da Via permanente que com 17 anos de serviços prestados à Estrada, faleceu em 21 de Março de 1950, em um acidente ocorrido no km 435. a inauguração do Posto deu-se em 20 de junho de 1953.

Estação de Derribadinha

Estação no km 316 + 430, com altitude de 147,060 metros. Município de Governador Valadares. Foi inaugurada em 31 de dezembro de 1909. O nome da Estação foi tirado do córrego que fica no km 316. É a última estação na margem direita do Rio Doce.

Estação de Capim

Primeira estação na margem esquerda do Rio Doce, km. 322 + 385, com altitude de 156,430 metros, Município de Governador Valadares. Seu nome é local e foi tirado do Córrego do Capim, que cruza a linha férrea na saída do pátio, em direção a Governador Valadares. Foi inaugurada em 3 de setembro de 1943. Nome Posterior “Louis Ensch”.

Estação de Governador Valadares

Antiga figueira do Rio Doce, situada no km 330 + 152, com altitude de 165,970 metros. Sede do Município de Governador Valadares. Sua primeira estação foi inauguraada em 15 de agosto de 1910. Em 30 de janeiro de 1938, foi mudado o nome do município para Governador Valadares, em homenagem ao Dr. Benedito Valadares, então Governador do Estado de Minas Gerais. A atual estação foi inaugurada em 25 de fevereiro de 1952. Nome Anterior “Figueira”

Estação de Paulo Zeni

Posto Telegráfico no km 331 + 865, com altitude de 172,210 metros. Município de Governador Valadares. Seu nome é uma homenagem póstuma ao artífice Paulo Zeni, que exercendo as funções de maquinista de locomotiva de manobra das oficinas de João Neiva, teve morte instantânea numa colisão com um trem de carga, no dia 17 de novembro de 1950. O posto foi inaugurado no dia 26 de junho de 1951 e recebeu o nome de Paulo Zeni, no dia 13 de junho de 1954.

Estação de Ilha Brava

Posto Telegráfico no km 340 + 470, Município de Governador Valadares, com altitude de 168,300 metros. Nome de uma ilha do Rio Doce no km 340. Foi inaugurada em 8 de setembro de 1946.

Estação de Baguarí

Estação situada no km 349 + 637, com altitude de 171,110 metros. Município de Governador Valadares. Seu nome indígena, tirado do Rio Baguarí, significa: “O vagaroso, o que anda pausado”. Foi inaugurada em 15 de novembro de 1910.

Estação de Rio Corrente

Estação no km 361 + 694, altitude de 188,195 metros. Município de Governador Valadares. Situada logo após a travessia do Rio Corrente, foi inaugurada em 26 de outubro de 1945.

Estação de Pedra Corrida

Estação no km 370 + 850, com altitude de 194,470 metros, Município de Açucena. Foi inaugurada em 1º de julho de 1911. Seu nome, de acordo com a versão local, foi dado por haver se deslocado do alto de um morro, na margem direita do Rio Doce, uma grande pedra que correu até a margem do rio.

Estação Manoel Pereira

Posto Telegráfico km 376 + 364, no Município de Açucena, com altitude de 194,000 metros. Manoel Barbosa Pereira, guarda-freio do trem de carga, em viagem entre Treviso e Taboal, acidentou-se vindo a falecer no dia 27 de junho de 1950. A inauguração do Posto deu-se em 13 de julho de 1954.

Estação de Periquito

Estação no km 382 + 700, com altitude de 198,600 metros. Município de Açucena. Seu nome é o do córrego que cruza a linha férrea no km 382. Foi inaugurada em 26 de agosto de 1950.

Estação de Rimes

Posto Telegráfico no km 390 + 000, com altitude de 208,500 metros. Município de Açucena. Homenagem ao Engº Carlos de Figueiredo Rimes, que, no primeiro ano de Estrada, exerceu a Chefia do Tráfego, Linha e Locomoção. A Estação foi inaugurada em 12 de janeiro de 1942.

Estação de Naque

Estação localizada no km 398 + 280, com altitude de 199,970 metros. Município de Açucena. Seu nome foi dado em homenagem a tribo indígena “Nack”, que habitava naquelas paragens. Sua inauguração deu-se em 28 de dezembro de 1911.

Estação de Tamanduá

Nome local tirado do ribeirão do Tamanduá. A estação está localizada no km 404 + 720, com altitude de 208,200 metros. Município de Mesquita e foi inaugurada no dia 18 de janeiro de 1949.

Estação de Cachoeira Escura

Estação situada no km 415 + 162, com altitude de 210,200 metros. Município de Mesquita. Neste ponto o Rio Doce apresenta-se com um desnível de 12 metros, formando a bela “Cachoeira Escura” com uma potência calculada em 10.000 C.V. Foi inaugurada a estação em 31 de dezembro de 1912. Nome Posterior “Frederico Sellow”.

Estação de Boachat

Posto Telegráfico no km 423 + 270, com altitude de 210,300 metros. Município de Mesquita. Seu nome é local. Foi inaugurada em 1º de fevereiro de 1945.

Estação de Ipaba

Antiga estação Inhapim, situada no km 431 + 040, com altitude de 213,200 metros. Município de Mesquita. Seu nome indígena significa: “Lago, aguada. Lugar de certa extensão, onde a água permanece todo ano”. A estação foi inaugurada em 1º de agosto de 1922.

Estação de João Corrêa

Posto telegráfico no km 438 + 220, com altitude de 214,700 metros. Município de Mesquita. Seu nome é uma homenagem póstuma ao manobreiro João Corrêa dos Santos, que faleceu em um acidente, no desvio do km 57, em 11 de fevereiro de 1951. O Posto foi inaugurado em 13 de junho de 1954.

Estação de Ipatinga

Primeira estação na margem do Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce, situado no km 447 + 000, com altitude de 235,800 metros. Município de Coronel Fabriciano. Sue nome foi dado pelo Dr. Pedro Nolasco, tendo sido formado com os nomes dos municípios vizinhos: “Ipa” de Ipanema e “Tinga” de Caratinga. Sua inauguração deu-se em 1º de agosto de 1922. Nome Posterior “Intendente Câmara”.

Estação de Nossa Senhora

Posto telegráfico no km 454 + 290, com altitude de 248,400 metros, situado no Município de Coronel Fabriciano. Nome do córrego que atravessa a linha férrea próximo ao posto. Foi inaugurada em 6 de novembro de 1945.

Coronel Fabriciano

Antiga Estação “Calado”, depois “Raul Soares” fica situada no km 463 + 600, com altitude de 239,160 metros. Sede do Município Coronel Fabriciano. Seu nome é uma homenagem ao Coronel Fabriciano Felisberto de Carvalho, pai do Dr. Manoel Tomaz de Carvalho e Brito ex-ministro da Fazenda, no governo Washington Luiz. A estação foi inaugurada m 9 de junho de 1924.

Estação de Acesita

Estação situada no km 468 + 422, com altitude de 233,880 metros. Município de Coronel Fabriciano. “ACESITA” é sigla da “Companhia Aços Especiais Itabira”, que fica localizada na margem direita do Rio Piracicaba. Foi inaugurada em 3 de maio de 1947.

Estação de Baratinha

Estação inaugurada em 9 de junho de 1924. Situada no km 474 + 700, com altitude de 238,610 metros. Município de Antônio Dias. Seu nome foi tirado do Córrego da Baratinha, que cruza a linha férrea dentro do pátio da Estação.

Estação de Ana Matos

Estação situada no km 484 + 882, com altitude de 242,800 metros. Município de Antônio Dias. O nome da Estação foi tirado do Ribeirão, que atravessa a Estrada no km 485. Sua inauguração deu-se em 1º de agosto de 1929. Até esta estação o traçado ferroviário mantém rampa máxima de 1% compensado nas curvas. Inicia-se aqui a subida da “Cachoeira do Salto”, cuja diferença de nível é de 153,000 metros em uma distância de 17.318 metros.

Estação de Sá Carvalho

Nome dado em homenagem ao Engenheiro Arthur de Sá Carvalho pelos grandes serviços prestados no início da Construção da Estrada, auxiliando à Administração. Fica situada no km 490 + 726, com altitude de 262,200 metros. Município de Antônio Dias. Foi inaugurada em 26 de agosto de 1925.

Estação de Antônio Dias

Estação situada na sede do Município de Antônio Dias, km 502 + 200, com altitude de 377,800 metros. Seu nome homenagea o grande bandeirante Antônio Dias de Oliveira, que, em 1706, descendo o Rio Piracicaba a procura de ouro, fundou o arraial de Antônio Dias Abaixo. Sua inauguração deu-se em 24 de outubro de 1927.

Estação de João Batista (Irmão do pai de Zé Airton)

Posto Telegráfico no km 509 + 108, com altitude de 379,800 metros - Município de Antônio Dias. João Batista 2º era trabalhador da Via Permanente, que, em 21 de abril de 1950, descendo em troly carregado de dormentes, na linha do Campestre (Itabira), chocou-se com um caminhão, tendo falecido em 24 de maio de 1950. O Posto foi inaugurado em 13 de julho de 1954.

Estação de Engenheiro Guillman

Estação situada no km 517 + 982, com altitude de 480,800 metros. Município de Antônio Dias. Seu nome é uma homenagem ao Engº Gustavo Gillman, que de 1914 a 1921 exerceu o cargo de Superintendente Geral de E. F. Vitória a Minas. A estação foi inaugurada em 15 de dezembro de 1929.

Estação de Antônio Delfino

Posto Telegráfico situado no Município de Nova Era, km 525 + 590, com altitude de 506,400 metros. Antônio Delfino Siqueira foi guarda-freio que em suas funções, em 20 de novembro de 1949 acidentou-se, caindo de um veículo, vindo a falecer em 18 de abril de 1950. o Posto foi inaugurado em 13 de julho de 1954.

Estação de D. Drumond

Antiga “S. José da Lagoa”. Fica situada no km 533 + 594, com altitude de 509,000 metros. Município de Nova Era. Foi inaugurada em 13 de maio de 1932. É a última estação na margem do Rio Piracicaba. Seu nome é uma homenagem ao Desembargador João Batista Carvalho Drumond, nascido em S. José da Lagoa, hoje Nova Era. Em 1936 a E. F. Central do Brasil prolongou as linhas do Ramal de S. Bárbara, entroncando-se com Vitória a Minas nessa Estação.

Estação de Capoeirana

Primeira estação na margem do Rio do Peixe, afluente do Rio Piracicaba. Está localizada no km 543 + 117, com altitude de 564,000 metros - Município de Nova Era. Seu nome indígena significa: “Mata extinta” (Caa - mata; puerê - que foi; rama - falsa). Foi inaugurada em 6 de outubro de 1943.

Estação de Oliveira Castro

Estação no km 553 +892, com altitude de 630,000 metros. Município de Itabira. Engenheiro Álvaro Mendes de Oliveira Castro, patrono da estação, com a morte do Dr. Pedro Nolasco, assumiu a Presidência da Companhia e atravessou uma fase delicada e difícil, até a entrega à Cia. Vale do Rio Doce S. A., que se deu em 1º de julho de 1942. A inauguração da estação foi em 6 de outubro de 1943.

Estação de Eng. Laboriau

Situada no Município de Itabira - km 559 + 842, com altitude de 662,000 metros. Engenheiro Ferdinando Laboriau, professor de metalurgia na Escola Nacional de Engenharia, foi um dos maiores geólogo e metalúrgico brasileiros, que em plena atividade teve morte trágica num desastre de avião ocorrido em outubro de 1928, quando da chegada de Santos Dumont ao Brasil. A inauguração da estação deu-se em 6 de outubro de 1943.

Estação de Itabira

Sede do Município de Itabira km 569 + 268, com altitude de 763,000 metros. Ponto terminal da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Seu nome indígena significa: “Pedra empinada, esguia” (Ita - pedra; bira - empinada, esguia) o que bem define a forma do Pico do Cauê, característica principal da “Cidade do Ferro”. Em Itabira temos as nossas minas de minério de ferro, reputado como o mais rico e melhor minério entre os encontrados no Brasil. A inauguração da Estação deu-se em 30 de outubro de 1943.

Estação de João Paulo

Posto Telegráfico no Ramal do Campestre - km 4 + 200, com altitude de 830,130 metros, do Pico do Cauê (Itabira). Seu nome é uma homenagem póstuma ao Engenheiro João Paulo Pinheiro falecido em 17 de maio de 1951, no cargo de Superintendente do Departamento das Minas.

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