Eu sou Carlos Latuff, cartunista e fã ferroviário. O propósito desta página é compartilhar com os internautas uma seleção das melhores imagens produzidas durante minhas expedições ferroviárias. Os registros aqui publicados podem ser reproduzidos pelos interessados, com tanto que para fins não-comerciais de informação, citando a fonte (por gentileza). Sou também colaborador do sítio www.estacoesferroviarias.com.br, de autoria do pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, a página mais completa da Internet sobre estações ferroviárias brasileiras.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fotos aéreas

Caríssimos internautas,

Chegamos a 2010.
Primeira década do século 21.
1 ano e 6 meses deste blog.
41 anos de seu autor.

E como primeira postagem deste novo ano, eis aqui tomadas aéreas que fiz de 3 pátios ferroviários da extinta Estrada de Ferro Central do Brasil, na capital fluminense.

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Central do Brasil, edifício e plataformas (Centro) - Operacional, atualmente sob controle da Supervia (passageiros).


Marítima (Bairro Gamboa, Zona Portuária) - Desativado, atualmente um polo esportivo municipal.


Arará (Bairro Caju, Zona Portuária) - Operacional, atualmente sob controle da MRS Logística (cargas).

sábado, 26 de dezembro de 2009

Aquarela ferroviária

Enquanto estou aqui no meu quarto, sentado diante do computador, folheando um tomo da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vejo antigas fotos em preto-e-branco e me transporto para o interiorzão, para as montanhas cobertas de mato, para os trilhos, dormentes e a brita que machuca a sola dos pés. Inspirado pelas lembranças de minhas tantas caminhadas pelo interior do Brasil, resolvi fazer uma aquarela rápida e sem muitas pretensões, a qual compartilho com meus irmãos e irmãs-em-trilhos.
:)
Espero que curtam. E se curtirem, imprimam num papel mais grosso, no formato de um cartão postal, e enviem para as pessoas que voces gostam. É uma pequena lembrança de mim pra voces.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estação Aricanduva, Apucarana (PR)

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Aspecto da estação Aricanduva em 30 de novembro de 2009, localizada no município paranaense de Apucarana, atualmente servindo de residência. Um comitê de recepção, formado por cães ruidosos, já me aguardava. O cachorro em primeiro plano se aproximou de mim latindo bastante. Fiquei parado, sem olhar diretamente para ele. O animal latiu até cansar, deitou-se e depois se afastou. Tem sido esta minha estratégia nas tantas vezes que encontrei cachorros em minhas expedições ferroviárias. Os mais agressivos geralmente ficam acorrentados. Espero continuar contando com a sorte.


Os fundos da estação, que fazia parte da extinta Rede Viação Paraná - Santa Catarina, Ramal Marques dos Reis - Maringá (Linha de Apucarana), Km 560,0. A ferrovia funciona apenas para transporte de cargas e é operada por uma concessionária privada.


Um bico-de-pena rápido, feito na hora, no improviso. De agora em diante, levo comigo um bloquinho de desenho e uma caneta especialmente adquiridos para produzir ilustrações in loco.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Tributo ao manobrador ferroviário

Quando se pensa em ferrovia, duas imagens vem a cabeça: o trem e o maquinista. Mas não podemos esquecer de outros tantos profissionais que fazem as estradas-de-ferro funcionar. Um deles é o manobrador.

Segundo definição do Ministério do Trabalho, manobradores são aqueles que "manobram veículos ferroviários e estacionam trens, acoplam e desaclopam vagões e carros, operam aparelho de mudança de via (AMV), revisam veículos ferroviários e controlam pátio de manobras". No pátio da pequena estação de Vila Montanha, em Maringá, Paraná, encontrei um destes trabalhadores, seu Waldemar.

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Aspecto atual da estação Vila Montanha, em Maringá, Paraná.


A locomotiva BB33-7MP, no pátio de manobras da estação. A mangueira localizada na frente da máquina, próximo aos dois faróis, não lembra um bigodinho no melhor estilo Salvador Dali?

Com mais de 20 anos dedicados a ferrovia, seu Waldemar aparece neste vídeo manobrando o notório Leviatã negro BB33-7MP.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Neste local Renata e Brenda foram assassinadas"

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Esse aviso lembra aos pedestres que cruzam a passagem de nível da estação ferroviária de Cambé, no interior do Paraná, o drama que recentemente marcou a cidade e seus habitantes. A ferrovia, como muitas pelo interior do Brasil, passa por dentro de Cambé e o pátio de manobras da estação localiza-se bem no centro da cidade, sem qualquer cerca, muro ou passarela. O trajeto para o Colégio Olavo Bilac onde Renata Clemente Viana (11 anos) e Brenda Rafaela Rossi Estabele (12 anos) estudavam é cortado pela ferrovia, e frequentemente a passagem é bloqueada pelos trens. No dia 3 de novembro de 2009, quando as duas jovens tentavam pular as composições rumo a escola, foram surpreendidas por um movimento brusco do trem, sendo atropeladas e mortas.

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Na passagem de nível da estação de Cambé, pedestres apertam o passo ao ver a aproximação do trem.


O trânsito de veículos e pedestres é constantemente suspenso por composições em manobras.

Diante dessa tragédia, a prefeitura se apressou em iniciar as obras de uma passagem subterrânea, há muito prometida e só agora desengavetada, mas a comunidade, que revoltada protestou em passeata pelas ruas de Cambé, quer mesmo é a remoção da ferrovia do perímetro urbano.

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Uma faixa de protesto dos moradores da região foi extendida na estação de Cambé.

Com o desprezo comum as concessionárias de serviço ferroviário, a América Latina Logística não se preocupou em procurar as famílias das vítimas. Nesse vídeo produzido por mim, em companhia do professor da Universidade Estadual de Londrina, Rozinaldo Antonio Miani, o pai de Renata, Josué Dutra, revela não ter recebido da ALL "nem mesmo os pêsames".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Madeira-Mamoré: A Ferrovia do Diabo que come o pão que o diabo amassou (Final)

Concluindo a série de três postagens sobre a Ferrovia do Diabo (Primeira Parte, Segunda Parte), que tive a grata satisfação de visitar em outubro passado, trago este pequeno depoimento em vídeo.

Distante 2km da estação de trem de Porto Velho, em Rondônia, reside seu Oscar Lima Ferreira, um ex-ferroviário cearense, cujos olhos tristes foram testemunhas de parte da história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

domingo, 1 de novembro de 2009

Madeira-Mamoré: A Ferrovia do Diabo que come o pão que o diabo amassou (Parte 2)

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Algumas das tantas locomotivas abandonadas ao longo do trecho, encobertas pela vegetação.

Continuamos com nossa pequena incursão pelos trilhos da histórica Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Rondônia. Na primeira parte dessa visita, conhecemos um pouco da situação do pátio de manobras da ferrovia, bem no centro da capital Porto Velho. Saindo da estação e seguindo por pouco mais de 2Km, atravessamos o bairro Triângulo, o mais antigo da capital, as margens do Rio Madeira, cujas antigas residências e seus moradores trazem consigo a memória dos primórdios da ferrovia. Bairro pobre, de gente humilde, que se encontra sob ameaça de despejo. A Prefeitura Municipal de Porto Velho, tendo a frente o prefeito Roberto Sobrinho, alega a necessidade de remoção daqueles moradores em virtude das enchentes. No entanto, o motivo maior certamente se encontra no projeto "Igarapés do Madeira", onde a prefeitura pretende o remanejamento dos residentes para dar espaço a obras de urbanização. Por detrás destas palavras, se esconde uma velha estratégia bem conhecida das grandes cidades. Tirar os pobres da paisagem e escondê-los em algum bairro distante. Reproduzo aqui na íntegra, um informe da Comissão dos Moradores do Bairro Triângulo, publicado no site Rondônia ao Vivo, que explica bem essa situação:

Entender a formação da cidade de Porto Velho, é partir de uma compreensão de que, a cidade nasce com o surgimento das primeiras moradias irregulares construídas além dos limites e dos domínios da direção da E.F.M.M.

Como descreve o saudoso historiador e ex-deputado federal (Amizael Gomes da Silva), em sua biografia AMAZÔNIA PORTO VELHO, "Foi o surgimento, além dos limites de seus domínios, de uma favela de barracos construídas desordenadamente e que rapidamente crescia o número de moradores constituídos por ex-trabalhadores, empregados na construção da Ferrovia, seringueiros, pequenos comerciantes, estes últimos formados por portugueses, árabes, sírios, libaneses, judeus .... A Porto Velho Brasileira cresce vertiginosamente com os que chegam de todas as partes e com os moradores de Santo Antônio, que em número cada vez maior, mudam-se para a nova localidade".

Moradias essas erguidas sobe o que é hoje o BAIRRO TRIÂNGULO. Em quase um século de existência, esse bairro foi e está sendo moradia daqueles que foram os primórdios e seus remanescentes. Passados quase 98 anos a atual prefeitura, no exercício do então GESTOR ROBERTO SOBRINHO, vem ignorando a história e a formação econômica, cultural, social e política do AMADO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO.

A toque de caixa, criou um projeto de desapropriação (Igarapés do Madeira), tudo, para justificar um dinheiro do PAC, o qual não está sabendo empregar e gastar. Sem consultar e debater com a comunidade, vem INVERTENDO, SABOTANDO a lógica e o princípio de AUDIÊNCIAS PÚBLICAS, beirando o ridículo de manipular assinaturas da população via reuniões, convites e palestras e não através de Audiências Públicas, como sua equipe vem noticiando.

Com a frase de cartilha (Porto Velho é meu lugar), vem expulsando famílias pobres de uma ocupação irregular no Bairro AIRTON SENA, jogando-as de barracos para a beira da rua, para em seus lugares construir AS CASINHAS DE POMBO, do PAC, metragem: [COZINHA 3.80X1.62; BANHEIRO 2.30X1.10; QUARTO1 3.30X2.70; QUARTO2 2.70X2.60 E SALA 3.40X2.90], que irá abrigar possivelmente parte da população do BAIRRO TRIÂNGULO, TIRANDO COM UMA MÃO E DANDO COM A OUTRA.

Na estratégia de colher assinaturas da população local, a dita equipe de trabalho, vem realizando encontros, seminários e reuniões que trazem temas como (LEI MARIA DA PENHA, DST E POLÍTICAS PÚBLICAS), tudo com a finalidade de RECOLHER AS TÃO PROCURADAS assinaturas da população na porta de entrada de cada evento, como uma única forma de obter legitimação via rubrica ou nomes, dando sustentação as fraudulentas "AUDIÊNCIAS PÚBLICAS" QUE NÃO ACONTECERAM.

Muito pelo contrário, a única, que poderia ser chamada pelo tal nome, quando iniciou, já se dava por terminada, frente ao descontentamento de muitos participantes que lá estavam indignados com as propostas absurdas colocadas pela organização do evento.

A sede para essa reunião foi a Faculdade São Lucas, Centro do Menor, diga-se de passagem, longe e fora do Bairro Triângulo, totalmente distante da maioria da população. Assim vem se desenhando e empurrando goela abaixo o PROJETO IGARAPÉS DO MADEIRA, sem a participação da maioria, sem os debates necessários para o amadurecimento do projeto e sem a aprovação da população.

O atual projeto da prefeitura não é aquilo que se anuncia nos meios de comunicação e nas cartilhas petistas. O diálogo do prefeito com a comunidade nunca existiu. Embora diga que a comunidade não quis os três debates do projeto, essa não é a verdade, o que os moradores do BAIRRO TRIÂNGULO não aceitaram foi a convocação de "AUDIÊNCIAS", apenas de modo formal, sem garantir a participação objetiva e sem consultar a comunidade.

Cabe registrar aqui que os pseudo apartamentos de estilo (CASA DE POMBO), sem infra-sestrutura necessária, "digna de se morar", não imitam nem de longe uma parcela significativa de muitas residências que hoje gozam de grande infra-estruturas, amplas áreas, cercadas pela natureza e a exuberância do tão admirado e amado RIO MADEIRA.

FRASE DE FREI LUIZ CAPPIO

"QUANDO A RAZÃO SE EXTINGUE, A LOUCURA É O CAMINHO"

Frase dita contra as pressas do Governo Lula em levar nas coxas o Projeto de transposição do Rio São Francisco.


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Aspecto de uma das residências humildes, erguidas as margens da ferrovia Madeira-Mamoré, ameaçadas de despejo pela prefeitura de Rondônia.


O detalhe da placa, acima a direita: "Não sinta inveja de mim. Não sou rico. Apenas trabalho".



Aspecto das históricas residências do bairro Triângulo, onde a maioria de seus moradores é composta de pioneiros que trabalharam na ferrovia e seus descendentes.


Carcaças de antigas locomotivas também fazem parte da paisagem.

sábado, 24 de outubro de 2009

Madeira-Mamoré: A Ferrovia do Diabo que come o pão que o diabo amassou (Parte 1)

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Locomotiva de número 18 estacionada próximo a estação de Porto Velho.

A convite do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO), passei 7 dias na companhia de lavradores nos acampamentos da Liga dos Camponeses Pobres, no interior do estado de Rondônia. No retorno para o Rio de Janeiro, não podia deixar de visitar, mesmo que rapidamente, o pátio da estação de Porto Velho, da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Porque viajar a Rondônia e não ver a ferrovia, é o mesmo que ir a Roma e não ver o papa.

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Aspecto atual do antigo edifício da administração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Inaugurada em 1912, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi resultado do Tratado de Petrópolis, acordo entre Brasil e Bolívia que resolveu disputas territoriais na região onde se situa o estado do Acre. O Tratado previa, entre outras coisas, a construção pelo Brasil de um corredor ferroviário de 366 Km ligando Porto Velho a Guajará Mirim, para facilitar o escoamento da borracha boliviana e brasileira. Dos 21.817 operários, de várias nacionalidades, contratados para essa empreitada, 1522 perderam a vida na selva amazônica, vítimas de malária, tiro e flechada. O fim do ciclo da borracha selou o destino da ferrovia, cuja importância foi minguando ao longo de 5 décadas, até que em 25 de maio de 1966 o então presidente Castelo Branco deu o golpe de misericórdia, decretando a extinção da "Ferrovia do Diabo".

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Aspecto atual da estação de Porto Velho.


Ruínas da usina de força.

Na minha rápida passagem pelo pátio de manobras da estação de Porto Velho encontrei diversas composições, a maioria sucateadas, algumas cobertas de vegetação.

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Ví também armazens, um girador de locomotivas, um galpão com peças, guindaste, ferragens, quase tudo abandonado. O lugar serve de playground para desocupados e drogaditos.

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O pátio da estação encontra-se em obras, e num dos tapumes pude fotografar um graffiti que diz "Sobrinho corrupto destrói a E.F.M.M.", em alusão ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho. A palavra "Sobrinho" foi coberta com tinta branca, provavelmente por partidários do político.

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A princípio não ficou claro pra mim qual era exatamente o problema numa obra de revitalização desse importante patrimônio histórico. Mas pesquisando na Internet, me deparei com a página Defender - Defesa Civil do Patrimônio Histórico e a seguinte declaração da presidente da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Estado de Rondônia e Amigos da Madeira-Mamoré (AMMA), Mayra Banchieri:

"O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho ao invés de restaurar a E.F.M.M, está reformando. Restauração e reforma são coisas totalmente diferentes, pois, com a restauração se recupera as peças por especialistas, enquanto que na reforma se substitui peças antigas por outras novas, fato que vem acontecendo no pátio da ferrovia".


O artigo vai mais além. Traz o depoimento de José Augusto, delegado federal aposentado e defensor do patrimônio histórico de Rondônia:

"É muito grave o processo de descaracterização do centro histórico de Porto Velho, reconhecidamente o mais homogêneo conjunto arquitetônico de origem norte-americano, destruído pelo atual prefeito de Porto Velho, com aval de instituições de Estado como IPHAN e GRPU"

José afirma que até um vagão pertencente ao acervo ferroviário foi emprestado para escola de samba Grande Rio em 1997 pelo ex-governador e atual senador Waldir Raupp. O vagão teria sido transformado em atelier de luxo em Brasília. E conclui:

"Roberto Sobrinho deve sair da prefeitura de Porto Velho, algemado e mandado diretamente para o presídio Urso Branco como criminoso comum..."


A íntegra do artigo pode ser lida no seguinte endereço: http://www.defender.org.br/prefeito-de-porto-velho-e-destruidor-e-aloprado/

A segunda parte de minha visita pode ser vista aqui: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com/2009/11/madeira-mamore-ferrovia-do-diabo-que.html

domingo, 11 de outubro de 2009

Roupa Nova??? Sim, Roupa Nova!!!


Não me considero um romântico, brega, apaixonado ou vivendo um grande amor. Mas de qualquer forma, gosto das canções do Roupa Nova. Uma delas inclusive, tem a ver com meu gosto por ferrovias:

...Te dou o meu coração
Queria dar o mundo
Luar do meu sertão
Seguindo no trem azul...

Toda vez que for assoviar
A cor do trem
É da cor que alguém fizer
E você sonhar...


Seguindo no Trem Azul
Cleberson Horsth - Ronaldo Bastos


Mas a canção que compartilho com os queridos internautas, sejam fãs ferroviários, fãs do Roupa Nova ou nenhum dos dois, é Sonhos. Pra dar uma aliviada das tantas tretas que tenho tratado nesse blog. Logo abaixo, a letra pra voce acompanhar.

Como disse, não estou vivendo nenhum grande amor, mas quando e se isso acontecer, certamente terei essa música na cabeça.




SONHO

Roupa Nova
Composição: Serginho - Nando

Leve feito o vento vem
Já quase de manhã
Quase não acreditei
Nesse sonho
Pude até sentir você
Chegando pelo ar
E entrando em mim
Devagar
Deusa da beleza e cor
Feita pro amor
Quero ter você de manhã
Quero ver você na manhã
E sentir o amor desse sonho
Minha deusa da beleza e cor
Quero amar você
Cada movimento seu
Foi fonte de prazer
Nunca vou me esquecer
Desse sonho
Pude até sentir você
Fugindo pelo ar
Me deixando assim
Sem dormir
Deusa da beleza e cor
Quero o seu amor


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Supervia...de novo!!!


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Resumo rápido.

No início da manhã de ontem, na Baixada Fluminense, passageiros revoltados com mais um atraso nos trens da Supervia depredaram estações e composições. Qual a providência do governador Sérgio Cabral diante disso? Limitou-se a chamar os passageiros de "vândalos" e disse que mandaria a polícia investigar o quebra-quebra.

Hoje, por volta de 4 da tarde, um novo atraso, dessa vez na Central do Brasil, levou a mais uma revolta popular. Qual a providência da Supervia diante disso? Chamou a tropa de choque da PM que distribuiu balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo, ferindo passageiros que tiveram de ser hospitalizados. A empresa mandou também seus agentes de segurança confiscar equipamentos dos cinegrafistas que registravam o tumulto.

Sem muito o que acrescentar, a verdade é uma só. A solução é CASSAR a concessão da Supervia, e passar a administração dos trens para o poder público, já que transporte é atribuição de estado, e se o governo estadual e o BNDES tem dinheiro pra comprar trens novinhos em folha para a Supervia, pode muito bem investir esses recursos no transporte ferroviário de passageiros sem a participação nefasta de uma empresa privada de incompetência e má fé comprovadas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Estrada de Ferro Vitória a Minas

O internauta Leonardo Mendonça Corrêa, me envia por correio eletrônico um importante documento. Trata-se do histórico de todas as estações da Estrada de Ferro Vitória a Minas, em 1958, acompanhado de duas fotografias. Ele diz o seguinte:

"Estou enviando um material que me foi passado por um maquinista que realizou treinamento comigo. O arquivo original contém várias fotos das estações, porém o arquivo é muito grande, sendo necessária a retirada das fotos."

Reproduzo o conteúdo aqui, agradecendo imensamente ao Leonardo pelo valioso material.

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"A EFVM começou a ser construída no dia 30 de março de 1903, para ligar o porto de vitória no Espírito Santo, a cidade de Diamantina em Minas Gerais, posteriormente seu traçado foi mudado para região de Itabira com o objetivo de transportar minério de ferro. Com o rápido progresso das obras, o primeiro trecho da EFVM, com cerca de 30 Km, foi festivamente inaugurado no dia 13 de maio de 1904 ligando a estação de Porto Velho a Alfredo Maia, a estação inicial da EFVM fora prevista para ser construída na ilha de São Carlos, mas o atraso na construção de uma ponte e dos respectivos aterros para sua ligação ao continente fez com que Porto Velho fosse provisoriamente a estação inicial da EFVM durante cerca de 18 meses."

NOSSAS ESTAÇÕES 1958

Estação de São Carlos

Inaugurada em dezembro de 1905, São Carlos era o ponto inicial da EFVM na ilha de São Carlos as margens da baia de Vitória próximo ao Porto das Argolas onde já existia uma estação da E.F Sul- Espírito Santo que ligava Vitória a Cachoeiro do Itapemirim. O novo edifício da estação de São Carlos foi inaugurado em 1927, e foi rebatizado como Pedro Nolasco após seu falecimento em 1935.

Estação de Pedro Nolasco

Estação inicial - KM 0. Antiga estação S. Carlos, com altitude de 2,547 metros, localizada no Município do Espírito Santo (Vila Velha). O seu nome foi dado em homenagem ao realizador da Estrada Engº Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha, que foi Presidente da Cia E.F.Vitória a Minas, até a data do seu falecimento. Nasceu em 14 de junho de 1865 e faleceu em 10 de janeiro de 1935. A estação foi inaugurada no dia 20 de dezembro de 1905.

Estação de Porto Velho

Posto telegráfico - Km 1 + 360 - com altitude de 3,700 metros, situado no município de Cariacica. Seu nome é local e foi deste posto que em 13 de maio de 1904 partiu o primeiro trem da EFVM.

Estação de Cariacica

Localizada em Cariacica, Município do Espírito Santo (Vila Velha), foi inaugurada em 1904.

Estação de Itacibá

Posto telegráfico. Km 2 + 247 com altitude de 4,460 metros, situado no Município de Cariacica. Serve às Oficinas de Carros e Vagões. O seu nome indígena significa “Frente de pedra” Ita - Pedra; cibá - frente. Sua inauguração deu-se em 15 de Julho de 1943.

Estação de Santana

Posto telegráfico no km 3 + 600, com altitude de 6,000 metros, Município de Cariacia. Deposito geral de britas da Via Permanente. Seu nome é local. Foi aberto em 11 de outubro de 1955.

Estação de Flechal

Estação km 6 + 595 - com altitude de 4,025 metros - Município de Cariacica. Tomou o nome da localidade e foi inaugurada em 18 de fevereiro de 1945.

Estação de Vasco Coutinho

Estação cujo nome é uma homenagem ao fundador do Espírito Santo - português Vasco Fernandes Coutinho. Está situada no km 13 + 142, com altitude de 5,977 metros. Município de Cariacica. Inaugurada em 1º de novembro de 1947. Nome anterior “Alfredo Maia”.

Estação de Capitania

Antiga estação Alfredo Maia. Inaugurada em 13 de Maio de 1904, com a presença do Sr Ministro da Viação, Dr. Lauro Severiano Muller. O atual nome foi dado em homenagem ao bom café espírito santense, universalmente conhecido por “CAPITANIA”. A estação está localizada no km 20 + 275, com altitude de 5,634 metros - Município de Santa Leopoldina.

Estação do Relógio

Estação - km 27+ 253 - com altitude de 11,460 metros. Município de Serra. O seu nome foi tirado do Córrego do Relógio, que cruza a Estrada no km 27. Foi inaugurada em 14 de julho de 1946.

Estação de Calogi

Situada no km 34 + 835 - Município da Serra, com altitude de 58,586 metros. Seu nome inicial era Itapocú, que significa “Pedra Grande” (Ita - pedra; pocu - comprida, grande). Por solicitação do povo do Município da Serra foi mudado nome para Calogi (Nome do córrego que passa perto da Estação). Sua inauguração deu-se em 29 de dezembro de 1904. Nome Anterior “Itapocu”.

Estação de Timbui

Localizada no km 43 + 923, com altitude de 45,626 metros. Município de Fundão. Seu nome indígena significa: “Rio Gambá” (Timbu - Gambá; hy - rio). Foi inaugurada em 29 de dezembro de 1904.

Estação de Fundão

Sede do Município de Fundão, localizada no km 51 + 401, com altitude de 41,470 metros. Sua inauguração deu-se em 15 de maio de 1905.

Estação de Pedro Palácios

Nome dado em homenagem ao Frei Pedro Palácios, catequizador católico, que aportou em Vila Velha, em 1558, erigindo o majestoso Convento da Penha, em louvor à padroeira do Estado do Espírito Santo - nossa Senhora da Penha. A estação está localizada no km 60 + 147, com altitude de 51,566 - Município de Ibiraçú. Foi inaugurada em 5 de outubro de 1947.

Estação de Aricanga

Estação situada no Município de Ibiraçú, com altitude de 41,290 metros, km 66 + 740. Seu nome foi dado por estar nas fraldas da Serra de Aricanga, cujo significado é: “Coqueiro de cocos duros”. (Airi - coco; canga - duro). Sua inauguração foi no dia 1 º de setembro de 1947.

Estação de Caboclo Bernardo

Posto telegráfico - km 73 + 410, com altitude de 63,800 metros. Município de Ibiraçú. Homenagem ao caboclo Bernardo José dos Santos, que, em Regência, sua terra natal, com sua coragem salvou toda a tripulação do “Imperial Marinheiro”, da marinha Nacional que havia sido jogado pelas ondas bravias do mar, nos baixios da foz do Rio Doce. Neste posto telegráfico temos bifurcação da linha tronco com o ramal João Neiva. Foi inaugurado em 17 de junho de 1946.

Estação de João Neiva

Estação situada no antigo traçado, que foi conservado para servir as Oficinas de locomotiva a vapor. Seu nome foi dado para homenagear o Dr. João Neiva - Deputado Federal pela Bahia, que com o seu prestigio e inteligência, defendia os interesses da Vitória a Minas no Congresso Nacional. A estação fica a 2 km do posto telegráfico “Caboclo Bernardo”, com altitude de 59.410 metros. Município de Ibiraçu, inaugurada em 20 de dezembro de 1905.

Estação de Piraqueaçú

Foi inaugurada em 1 º de outubro de 1949Km 75 + 500, com altitude de 61,220 metros. Município de Ibiraçu. Piraqueaçú é o nome do rio que banha João Neiva, corta o traçado ferroviário, antes da estação. Nome indígena que significa “Entrada grande para peixes” (Pira - peixe; ikê - entrada; assu - grande. Os aborígines davam este nome a toda entrada de rio onde o peixe entrava para desova.)

Estação de Cavalinho

Município de Ibiraçú - km 84 + 400, com altitude de 72,886 metros. Esta estação está localizada nas fraldas da serra do Cavalinho, cujo perfil se assemelha a um cavalo. Foi inaugurada em 24 de maio de 1920. inicia-se no km 84. garganta da borboleta, a bacia do Rio Doce.

Estação de Treviso

Estação km 93 + 060, com altitude de 40,639 metros. Município de Ibiraçú. Seu nome foi tirado do Córrego Treviso, influencia da colônia italiana domiciliada nos municípios do norte do Espírito Santo. Inaugurada em 18 de março de 1948.

Estação de Tabual

Situada no km 102 + 015, com altitude de 35,470 metros. Município de Colatina. Seu nome é local e foi inaugurada em 2 de junho de 1947.

Estação de Maria Ortiz

Localizada no Município de Colatina, km 110 + 194, com altitude de 37,130 metros. Primeira estação na margem do rio Doce. Seu nome é uma homenagem à mulher espírito santense, que no século XVI, com a sua bravura, expulsou os holandeses de Vitória. Foi inaugurada em 1º de setembro de 1947.

Estação de Barbados

Situada no km 119 + 601, com altitude de 45,230 metros. Município de Colatina. Tem o seu nome tirado da ilha fluvial, que fica em frente à “Ilha dos Barbados”, onde durante o período de construção - 1906 - havia grande quantidade de macacos do tipo barbados. Foi inaugurada em 12 de novembro de 1932.

Estação de Colatina

Sede da Comares de Colatina. Esta estação está localizada no km 1280 + 040, com altitude de 40,060 metros. Foi inaugurada em 20 de dezembro de 1906. Seu nome é uma homenagem à Exma. Sra. D. Colatina Muniz Freire, digníssima esposa do D. José de Mello Carvalho Muniz Freire, que, na época, dirigia os destinos do Estado do Espírito Santo.

Estação de Santa Joana

Nome do rio que cruza a linha férrea, antes da entrada do pátio da Estação. Está localizada no km 137 + 385 - Município de Colatina, com altitude de 45,965 metros. Sua inauguração se deu em 1º de fevereiro de 1922.

Estação de Porto Bello

Município d Colatina - km 146 + 718 - altitude e 50,094 metros. O nome Belo é o sobrenome do Dr. Hermann Bello - Proprietário das terras, onde está situada a estação, cujo porto, nas margens do Rio Doce, é acessível à canoas. Foi inaugurada em 8 de agosto de 1907.

Estação de Itapina

Antiga Lage, depois de Ita. Está localizada no km 150 + 775, município de Colatina, com altitude de 50,094. Seu nome indígena significa: “Pedra Pelada” (Ita - pedra; pina - pelada, lisa). Foi inaugurada em 20 de setembro de 1919.

Estação de Mascarenhas

Antiga Mailask (Visconde de Sapucahy, sócio e sogro do Dr. Pedro Nolasco, que juntos construíram os primeiros 500 metros do Cais de Vitória, em 1900 - 1914). O nome atual é o da Vila, onde está a estação. Sua altitude é de 59,555 metros e está localizada no km 162 + 387. Município de Baixo Guandu. Teve sua inauguração em 8 de agosto de 1907. Nome Anterior “Maylasky”.

Estação de Baixo Guandu

Última estação no Território do Estado do Espírito Santo. Está localizada no km 173 + 407, com altitude de 72,660 metros. Sede do município de Baixo Guandu. Foi inaugurada em 8 de agosto de 1907.

Estação de Aimorés

Antiga “Natividade do Manhuassú”, é a primeira estação em território mineiro. Sede do Município de Aimorés, situado no km 179 + 645, com altitude de 78,060 metros. Sua inauguração deu-se em 8 de agosto de 1907. Nome Anterior “Natividade de Manhuaçu”.

Estação de Otacílio de Almeida

Posto Telegráfico localizado no km 190 + 738, com altitude de 86,450 metros - Município de Aimorés. Seu nome foi dado em homenagem ao artífice - Otacílio de Almeida, que em 1º de setembro de 1949, quando substituía um pára-choque de um carro, em Porto Velho, foi acidentado, falecendo no dia 2 do mesmo mês. Sua inauguração foi em 13 de julho de 1954.

Estação de Ituêta

Estação localizada no km 201 + 347, com altitude de 89,600 metros. Município de Ituêta. Seu nome indígena pode ser traduzido como: “Pequenos saltos - cachoeirinhas ou seguimentos de pequenas cachoeiras” (Itu - Salto, pequenas cachoeiras; eta - corruptela de etá - designação do plural). Foi inaugurada em 20 de julho de 1927.

Estação de Antônio Santos

Denominação do Posto telegráfico no km 206 + 276, com altitude de 92,470 metros, situado no município de Resplendor. O seu nome foi dado, a pedido do povo de Resplendor, homenageando o fundador da localidade que se chamava Antônio Santos. Sua inauguração deu-se em 4 de maio de 1949.

Estação de Resplendor

Nome da cidade e sede do Município de Resplendor. A origem deste nome é devido a uma grande pedra na margem esquerda do Rio Doce, que apresenta em uma das faces, a forma de um grande resplendor, em cores rosa e parda. A estação está localizada no km 216 + 720, com altitude de 94,950 metros, e foi inaugurada em 1º de maio de 1908.

Estação Cristóvão Ximenes

Posto Telegráfico no km 226 + 000, com altitude de 105,050 metros, localizada no Município de Resplendor. Homenagem póstuma ao maquinista Cristóvão Ximanes, que após 25 anos de serviço, faleceu em 2 de setembro de 1944, proveniente de um acidente na linha. A inauguração do posto deu-se em 19 de setembro de 1949.

Estação de Crenaque

Estação no km 233 + 393, com altitude de 117,030 metros. Município de Resplendor. Seu nome foi tirado das tribus indígenas, que habitaram aquelas plagas: “Tribu Crenak”. Foi inaugurada em 4 de dezembro de 1926.

Estação Antônio Vitorino

Posto Telegráfico no Município de Resplendor, km 240 + 150, com altitude de 120,330 metros. O nome do posto é uma homagem póstuma ao motorista Antônio Vitorino de Oliveira, que após 23 anos de serviço, sofreu um acidente na linha, falecendo em 12 de agosto de 1950. Foi inaugurado em 13 de julho de 1954.

Estação Conselheiro Pena

Sede do Município de Conselheiro Pena, km 250 + 720, com altitude de 123,060 metros. O primitivo nome da estação era “Lajão”, inaugurada em 4 de novembro de 1908. Em 1º de dezembro de 1939, em homenagem ao grande vulto nacional, Conselheiro Afonso Pena, foi mudado o nome do município e da estação. Nome Anterior “Lajão”.

Estação Adelício Nascimento

Posto Telegráfico no km 257 .+ 282, com altitude de 124,770 metros no Município de Conselheiro Pena. Homenagem ao velho maquinista Adelício Manoel do Nascimento, que, em um tombamento, na Ponte de Baunilha, m 14 de janeiro de 1940, perdeu a vida, após 20 anos de bons serviços. Foi inaugurado o posto em 13 de julho de 1954.

Estação de Barra do Cuieté

Localizada na foz do Rio Cuieté, km 264 + 900, com altitude de 127,179 metros, Município de Conselheiro Pena. A estação foi inaugurada com o nome de “Cuieté”, em 1º de janeiro de 1926. Seu nome indígena significa: “Guia verdadeira”. (Cuie - Guia, vasilha; etê - verdadeira).

Estação de São Tomé do Rio Doce

A parada foi inaugurada em 11 de janeiro de 1939, a pedido da população de S. Tomé (hoje Galiléa, na margem esquerda do Rio Doce). Em 23 de maio de 1949, foi elevada a categoria de estação. Fica localizada no km 272 + 641, com altitude de 130,580 metros, no Município de Tumiritinga.

Estação de Tumiritinga

Antiga estação de “Cachoeirinha”, inaugurada em 18 de setembro de 1909, fica localizada no km 285 + 357, com altitude d 138,170 metros, sede do Município de Tumiritinga. Seu nome indígena significa: “Pequena cachoeira branca”. (Itu - salto, cachoeira; Miri - pequeno; Tinga - branco). Nome Anterior “Cachoeirinha”

Estação de Severino Oliveira

Posto Telegráfico no km 292 + 960, Município de Governador Valadares, com altitude de 141,693 metros. Severino Pinto de Oliveira, era trabalhador da 2ª turma da Via Permanente, que, em 13 de agosto de 1947, sofreu um acidente na linha, vindo a falecer em 23 de agosto do mesmo ano, após 20 anos de serviço na Estrada. O Posto foi inaugurado em 13 de outubro de 1951, tendo recebido o nome de Severino Oliveira, em 13 de julho de 1954.

Estação de Pirapama

Antiga estação “Trairas”, inaugurada em 20 de julho de 1927. situada no Município de Governador Valadares, km 300 + 510, com altitude de 144,470 metros. O atual nome indígena significa: “Lugar onde o peixe salta”. (Pira - peixe; pama - bate). Nome Anterior “Trayras”.

Estação de Geraldo Patrocinio

Posto Telegráfico no km 303 + 905, com altitude de 144,470 metros. Município de Governador Valadares. O nome do Posto foi dado em homenagem ao trabalhador da Via permanente que com 17 anos de serviços prestados à Estrada, faleceu em 21 de Março de 1950, em um acidente ocorrido no km 435. a inauguração do Posto deu-se em 20 de junho de 1953.

Estação de Derribadinha

Estação no km 316 + 430, com altitude de 147,060 metros. Município de Governador Valadares. Foi inaugurada em 31 de dezembro de 1909. O nome da Estação foi tirado do córrego que fica no km 316. É a última estação na margem direita do Rio Doce.

Estação de Capim

Primeira estação na margem esquerda do Rio Doce, km. 322 + 385, com altitude de 156,430 metros, Município de Governador Valadares. Seu nome é local e foi tirado do Córrego do Capim, que cruza a linha férrea na saída do pátio, em direção a Governador Valadares. Foi inaugurada em 3 de setembro de 1943. Nome Posterior “Louis Ensch”.

Estação de Governador Valadares

Antiga figueira do Rio Doce, situada no km 330 + 152, com altitude de 165,970 metros. Sede do Município de Governador Valadares. Sua primeira estação foi inauguraada em 15 de agosto de 1910. Em 30 de janeiro de 1938, foi mudado o nome do município para Governador Valadares, em homenagem ao Dr. Benedito Valadares, então Governador do Estado de Minas Gerais. A atual estação foi inaugurada em 25 de fevereiro de 1952. Nome Anterior “Figueira”

Estação de Paulo Zeni

Posto Telegráfico no km 331 + 865, com altitude de 172,210 metros. Município de Governador Valadares. Seu nome é uma homenagem póstuma ao artífice Paulo Zeni, que exercendo as funções de maquinista de locomotiva de manobra das oficinas de João Neiva, teve morte instantânea numa colisão com um trem de carga, no dia 17 de novembro de 1950. O posto foi inaugurado no dia 26 de junho de 1951 e recebeu o nome de Paulo Zeni, no dia 13 de junho de 1954.

Estação de Ilha Brava

Posto Telegráfico no km 340 + 470, Município de Governador Valadares, com altitude de 168,300 metros. Nome de uma ilha do Rio Doce no km 340. Foi inaugurada em 8 de setembro de 1946.

Estação de Baguarí

Estação situada no km 349 + 637, com altitude de 171,110 metros. Município de Governador Valadares. Seu nome indígena, tirado do Rio Baguarí, significa: “O vagaroso, o que anda pausado”. Foi inaugurada em 15 de novembro de 1910.

Estação de Rio Corrente

Estação no km 361 + 694, altitude de 188,195 metros. Município de Governador Valadares. Situada logo após a travessia do Rio Corrente, foi inaugurada em 26 de outubro de 1945.

Estação de Pedra Corrida

Estação no km 370 + 850, com altitude de 194,470 metros, Município de Açucena. Foi inaugurada em 1º de julho de 1911. Seu nome, de acordo com a versão local, foi dado por haver se deslocado do alto de um morro, na margem direita do Rio Doce, uma grande pedra que correu até a margem do rio.

Estação Manoel Pereira

Posto Telegráfico km 376 + 364, no Município de Açucena, com altitude de 194,000 metros. Manoel Barbosa Pereira, guarda-freio do trem de carga, em viagem entre Treviso e Taboal, acidentou-se vindo a falecer no dia 27 de junho de 1950. A inauguração do Posto deu-se em 13 de julho de 1954.

Estação de Periquito

Estação no km 382 + 700, com altitude de 198,600 metros. Município de Açucena. Seu nome é o do córrego que cruza a linha férrea no km 382. Foi inaugurada em 26 de agosto de 1950.

Estação de Rimes

Posto Telegráfico no km 390 + 000, com altitude de 208,500 metros. Município de Açucena. Homenagem ao Engº Carlos de Figueiredo Rimes, que, no primeiro ano de Estrada, exerceu a Chefia do Tráfego, Linha e Locomoção. A Estação foi inaugurada em 12 de janeiro de 1942.

Estação de Naque

Estação localizada no km 398 + 280, com altitude de 199,970 metros. Município de Açucena. Seu nome foi dado em homenagem a tribo indígena “Nack”, que habitava naquelas paragens. Sua inauguração deu-se em 28 de dezembro de 1911.

Estação de Tamanduá

Nome local tirado do ribeirão do Tamanduá. A estação está localizada no km 404 + 720, com altitude de 208,200 metros. Município de Mesquita e foi inaugurada no dia 18 de janeiro de 1949.

Estação de Cachoeira Escura

Estação situada no km 415 + 162, com altitude de 210,200 metros. Município de Mesquita. Neste ponto o Rio Doce apresenta-se com um desnível de 12 metros, formando a bela “Cachoeira Escura” com uma potência calculada em 10.000 C.V. Foi inaugurada a estação em 31 de dezembro de 1912. Nome Posterior “Frederico Sellow”.

Estação de Boachat

Posto Telegráfico no km 423 + 270, com altitude de 210,300 metros. Município de Mesquita. Seu nome é local. Foi inaugurada em 1º de fevereiro de 1945.

Estação de Ipaba

Antiga estação Inhapim, situada no km 431 + 040, com altitude de 213,200 metros. Município de Mesquita. Seu nome indígena significa: “Lago, aguada. Lugar de certa extensão, onde a água permanece todo ano”. A estação foi inaugurada em 1º de agosto de 1922.

Estação de João Corrêa

Posto telegráfico no km 438 + 220, com altitude de 214,700 metros. Município de Mesquita. Seu nome é uma homenagem póstuma ao manobreiro João Corrêa dos Santos, que faleceu em um acidente, no desvio do km 57, em 11 de fevereiro de 1951. O Posto foi inaugurado em 13 de junho de 1954.

Estação de Ipatinga

Primeira estação na margem do Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce, situado no km 447 + 000, com altitude de 235,800 metros. Município de Coronel Fabriciano. Sue nome foi dado pelo Dr. Pedro Nolasco, tendo sido formado com os nomes dos municípios vizinhos: “Ipa” de Ipanema e “Tinga” de Caratinga. Sua inauguração deu-se em 1º de agosto de 1922. Nome Posterior “Intendente Câmara”.

Estação de Nossa Senhora

Posto telegráfico no km 454 + 290, com altitude de 248,400 metros, situado no Município de Coronel Fabriciano. Nome do córrego que atravessa a linha férrea próximo ao posto. Foi inaugurada em 6 de novembro de 1945.

Coronel Fabriciano

Antiga Estação “Calado”, depois “Raul Soares” fica situada no km 463 + 600, com altitude de 239,160 metros. Sede do Município Coronel Fabriciano. Seu nome é uma homenagem ao Coronel Fabriciano Felisberto de Carvalho, pai do Dr. Manoel Tomaz de Carvalho e Brito ex-ministro da Fazenda, no governo Washington Luiz. A estação foi inaugurada m 9 de junho de 1924.

Estação de Acesita

Estação situada no km 468 + 422, com altitude de 233,880 metros. Município de Coronel Fabriciano. “ACESITA” é sigla da “Companhia Aços Especiais Itabira”, que fica localizada na margem direita do Rio Piracicaba. Foi inaugurada em 3 de maio de 1947.

Estação de Baratinha

Estação inaugurada em 9 de junho de 1924. Situada no km 474 + 700, com altitude de 238,610 metros. Município de Antônio Dias. Seu nome foi tirado do Córrego da Baratinha, que cruza a linha férrea dentro do pátio da Estação.

Estação de Ana Matos

Estação situada no km 484 + 882, com altitude de 242,800 metros. Município de Antônio Dias. O nome da Estação foi tirado do Ribeirão, que atravessa a Estrada no km 485. Sua inauguração deu-se em 1º de agosto de 1929. Até esta estação o traçado ferroviário mantém rampa máxima de 1% compensado nas curvas. Inicia-se aqui a subida da “Cachoeira do Salto”, cuja diferença de nível é de 153,000 metros em uma distância de 17.318 metros.

Estação de Sá Carvalho

Nome dado em homenagem ao Engenheiro Arthur de Sá Carvalho pelos grandes serviços prestados no início da Construção da Estrada, auxiliando à Administração. Fica situada no km 490 + 726, com altitude de 262,200 metros. Município de Antônio Dias. Foi inaugurada em 26 de agosto de 1925.

Estação de Antônio Dias

Estação situada na sede do Município de Antônio Dias, km 502 + 200, com altitude de 377,800 metros. Seu nome homenagea o grande bandeirante Antônio Dias de Oliveira, que, em 1706, descendo o Rio Piracicaba a procura de ouro, fundou o arraial de Antônio Dias Abaixo. Sua inauguração deu-se em 24 de outubro de 1927.

Estação de João Batista (Irmão do pai de Zé Airton)

Posto Telegráfico no km 509 + 108, com altitude de 379,800 metros - Município de Antônio Dias. João Batista 2º era trabalhador da Via Permanente, que, em 21 de abril de 1950, descendo em troly carregado de dormentes, na linha do Campestre (Itabira), chocou-se com um caminhão, tendo falecido em 24 de maio de 1950. O Posto foi inaugurado em 13 de julho de 1954.

Estação de Engenheiro Guillman

Estação situada no km 517 + 982, com altitude de 480,800 metros. Município de Antônio Dias. Seu nome é uma homenagem ao Engº Gustavo Gillman, que de 1914 a 1921 exerceu o cargo de Superintendente Geral de E. F. Vitória a Minas. A estação foi inaugurada em 15 de dezembro de 1929.

Estação de Antônio Delfino

Posto Telegráfico situado no Município de Nova Era, km 525 + 590, com altitude de 506,400 metros. Antônio Delfino Siqueira foi guarda-freio que em suas funções, em 20 de novembro de 1949 acidentou-se, caindo de um veículo, vindo a falecer em 18 de abril de 1950. o Posto foi inaugurado em 13 de julho de 1954.

Estação de D. Drumond

Antiga “S. José da Lagoa”. Fica situada no km 533 + 594, com altitude de 509,000 metros. Município de Nova Era. Foi inaugurada em 13 de maio de 1932. É a última estação na margem do Rio Piracicaba. Seu nome é uma homenagem ao Desembargador João Batista Carvalho Drumond, nascido em S. José da Lagoa, hoje Nova Era. Em 1936 a E. F. Central do Brasil prolongou as linhas do Ramal de S. Bárbara, entroncando-se com Vitória a Minas nessa Estação.

Estação de Capoeirana

Primeira estação na margem do Rio do Peixe, afluente do Rio Piracicaba. Está localizada no km 543 + 117, com altitude de 564,000 metros - Município de Nova Era. Seu nome indígena significa: “Mata extinta” (Caa - mata; puerê - que foi; rama - falsa). Foi inaugurada em 6 de outubro de 1943.

Estação de Oliveira Castro

Estação no km 553 +892, com altitude de 630,000 metros. Município de Itabira. Engenheiro Álvaro Mendes de Oliveira Castro, patrono da estação, com a morte do Dr. Pedro Nolasco, assumiu a Presidência da Companhia e atravessou uma fase delicada e difícil, até a entrega à Cia. Vale do Rio Doce S. A., que se deu em 1º de julho de 1942. A inauguração da estação foi em 6 de outubro de 1943.

Estação de Eng. Laboriau

Situada no Município de Itabira - km 559 + 842, com altitude de 662,000 metros. Engenheiro Ferdinando Laboriau, professor de metalurgia na Escola Nacional de Engenharia, foi um dos maiores geólogo e metalúrgico brasileiros, que em plena atividade teve morte trágica num desastre de avião ocorrido em outubro de 1928, quando da chegada de Santos Dumont ao Brasil. A inauguração da estação deu-se em 6 de outubro de 1943.

Estação de Itabira

Sede do Município de Itabira km 569 + 268, com altitude de 763,000 metros. Ponto terminal da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Seu nome indígena significa: “Pedra empinada, esguia” (Ita - pedra; bira - empinada, esguia) o que bem define a forma do Pico do Cauê, característica principal da “Cidade do Ferro”. Em Itabira temos as nossas minas de minério de ferro, reputado como o mais rico e melhor minério entre os encontrados no Brasil. A inauguração da Estação deu-se em 30 de outubro de 1943.

Estação de João Paulo

Posto Telegráfico no Ramal do Campestre - km 4 + 200, com altitude de 830,130 metros, do Pico do Cauê (Itabira). Seu nome é uma homenagem póstuma ao Engenheiro João Paulo Pinheiro falecido em 17 de maio de 1951, no cargo de Superintendente do Departamento das Minas.

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Más notícias de Pernambuco...

O leitor Robson Fernando, autor do blog Consciência Efervescente, me escreve a respeito do que ele mesmo chama de "política antiferroviária" do governo pernambucano:

"Uma proposta de VLT metropolitano no Grande Recife foi extinta pra dar lugar a um corredor de ônibus: http://conscienciaefervescente.blogspot.com/2009/09/vlt-nao-onibus-sim-projeto-futurista.html

As pessoas estão achando o máximo que a cidade vá ganhar uma espécie de freeway de ônibus até a Copa de 2014, mas não lembram que havia uma proposta de implantar trilhos em parte do mesmíssimo percurso."

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E os bons ventos continuam soprando...

Na manhã desta segunda-feira nublada e meio chuvosa no Rio, leio num site de notícias a informação de que 71 bilhões de reais provenientes do governo e da iniciativa privada (será?) deverão ser investidos em projetos de transporte ferroviário no Brasil, que incluem ferrovias de carga, trens de passageiros, metrôs e veículos leves sobre trilhos (VLTs). Esse aporte de recursos é 270% maior que os valores aplicados no setor nos últimos 4 anos. O site informa ainda que EUA, China, Índia e alguns países europeus fizeram investimentos bilionários no seguimento ferroviário como forma de combater o desemprego causado pela crise econômica.

O engenheiro Helio Suêvo, profissional com larga experiência em ferrovias, profundo conhecedor do assunto, falava da revitalização das estradas-de-ferro já no ano passado, mais precisamente em 27 de dezembro, quando o entrevistei para este blog: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com/2008/12/trens-de-passageiros-no-brasil.html

Quando leio a respeito dessa verdadeira ressurreição ferroviária no Brasil e no mundo, me vem a cabeça um quadro do pintor italiano Caravaggio (1571-1610), chamado "A Incredulidade de São Tomé".

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Depois de passar anos a fio registrando imagens como essa logo abaixo, feita em 2002, de um cemitério de trens num terreno próximo à estação do Engenho de Dentro (atualmente o local do Estádio Olímpico João Havelange, o "Engenhão"), permitam os caros leitores que eu seja cético diante destas notícias, PRINCIPALMENTE no que tange aos trens de passageiros num país eminentemente rodoviarista como o nosso.

De qualquer forma, é ver pra crer!

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CBTU ABRE INSCRIÇÃO PARA TREM CRIANÇA

(A jornalista Rafaela Tasca sempre me trazendo boas notícias!)

Começam na próxima segunda-feira, 21, na CBTU João Pessoa as inscrições para o Projeto Trem Criança - Ano VX. O evento será realizado na tarde do dia 3 de outubro, no sistema de trens urbanos da Capital. A Atividade é gratuita e terão preferência os estudantes das escolas públicas da região lindeira. O projeto além de proporcionar lazer, objetiva conscientizar as crianças e adolescentes sobre o uso e a importância da preservação do trem urbano. Em 13 anos, o projeto já atendeu mais de 50 mil crianças.

Os diretores de escolas e professores interessados em participar do Projeto devem procurar a Gerência de Comunicação e Marketing (Gecom), na Estação Ferroviária de João Pessoa até o dia 25 de setembro, no horário das 09h00 às 11h30 e das 14h00 às 16h30, para realizar suas inscrições.

No ato da inscrição, o responsável deverá apresentar ofício da escola, contendo telefone para contato. Cada escola poderá participar com até 80 crianças. Os participantes, no dia da realização do evento, deverão estar devidamente identificados através de crachás e/ou fardamento da escola, acompanhados de professores ou monitores.

A expectativa da organização é que pelo menos duas mil crianças participem do projeto, que a exemplo do ano passado, será realizado em apenas um dia. "Apesar de ser num sábado, a gente espera que os diretores e professores inscrevam suas escolas para participar do Trem Criança, que estará recheado de novidades", afirma o coordenador do evento, Everaldo Ricardo.

As atividades terão início às 13h nas estações de origem de cada escola. Os estudantes irão embarcar no último trem comercial com destino a estação João Pessoa, onde uma equipe de educadores, palhaços e vários brinquedos estão a espera da criançada.

Na estação, os alunos poderão participar de competições, palestras e muita brincadeira sempre voltada para a preservação dos trens e do patrimônio público. Haverá distribuição do jogo Trem Memória, criado exclusivamente para o evento. O evento será encerrado às 16h30 com a saída dos trens para as estações de origem dos estudantes.

Contatos:

GECOM/STU-JOP/CBTU - (83) 3241-4240 Ramais 218 e 219.

Laerte Cerqueira (83) 9108-0599 / Everaldo Ricardo (83) 9982-3645

A l e l u i a !

Deu no Diário Oficial. A juíza da 8ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do RJ, Viviane do Amaral, em liminar concedida ao Ministério Público, determinou que a Supervia espalhe avisos nos trens sobre a proibição de cultos religiosos, mais precisamente os berradores evangélicos. Quem tem de pegar os trens de subúrbio no Rio conhece bem essa situação. São individuos ou grupos, que com a Bíblia na mão e as vezes até pandeiro, tentam a todo custo arrebanhar víti... ou melhor, fiéis! As fotos que tirei a bordo do trem da linha Japeri-Central em 2003 dão uma idéia aproximada da gritaria. Eles não se limitam a apenas um carro, muitas vezes percorrem todos, empurrando as escrituras ouvido abaixo dos passageiros (repare nas expressões deles, visivelmente incomodados).

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Quem desejar ouvir falação de pastor, que vá para os tantos templos erguidos em cada esquina desse país, ligar a TV e assistir aos inúmeros pastores eletrônicos que povoam as telas dia e noite ou mesmo o rádio, seja AM ou FM, para ouvir mais pregação 24 horas por dia.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Estação de Contagem (MG)

Em minha recente viagem a Belo Horizonte, aproveitei para investigar o paradeiro da estação de Contagem, pertencente a um pequeno ramal do mesmo nome (3km), que seguia até Bernardo Monteiro (Rede Mineira de Viação, Linha Garças de Minas-Belo Horizonte) e de lá rumo a capital mineira.

No site de Ralph Mennucci Giesbrecht, uma foto provavelmente tirada nos anos 50, mostra um trem diante da estação e seus passageiros: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_garcas/contagem.ht

Estive no lugar onde presumivelmente se localizava a tal estação e encontrei um trecho com trilhos diante do galpão da empresa Dova. Veja a foto de satélite.

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Não há sinal de que alí havía qualquer construção. Apenas um muro, e lixo espalhado pelo chão. Imagino eu que os trens que passam por alí vão para as oficinas da CBTU, que ficam nas proximidades. Moradores me disseram que havia uma plataforma, que fôra demolida. Me contaram também sobre promessas governamentais de que num futuro próximo(!) uma estação do metrô será erguida no local.

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Se voce tiver alguma informação adicional ou mesmo imagens de época da estação de Contagem, entre em contato comigo ou então com Ralph. Suas informações serão publicadas com os devidos créditos. Agradeço desde já.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Estação de Belo Horizonte, MG (Estrada de Ferro Central do Brasil) - Ontem e hoje


Nesta terça-feira, convidado pelo amigo Thiago Haddad, tive a grata satisfação de falar para uma platéia atenta formada por alunos bem legais do Curso de Comunicação da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), e por conta disso, estive mais uma vez em Belo Horizonte. Hoje, aproveitei a manhã para fazer algumas imagens do conjunto arquitetônico ferroviário localizado bem no centro da capital mineira, comparando-as com as fotos da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros do IBGE, datada de 1958.

(Meus agradecimentos a Keyla Maia e Eduardo Nunes, ambos da Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais)

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Aspecto da Estação Central em 1958


A estação em setembro de 2009, atualmente um museu


Vista noturna do terminal de cargas


Atualmente, a estação da Estrada de Ferro Vitória-Minas. A sua frente (com catenárias), as linhas do metrô de superfície de BH


Aspecto atual da Estação Central de Belo Horizonte

Quando terminei o ensaio fotográfico, caminhando pelas ruas do centro, me deparei com um homem sendo algemado por policiais militares, sob o olhar atento de um deles, armado com uma submetralhadora, possivelmente uma Heckler & Koch MP5 de calibre 9mm. Os moradores de Belo Horizonte costumam se referir a capital mineira como "roça grande", mas em 51 anos muita coisa mudou, e a "roça" agora tem, cada vez mais, ares de selva.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Estações de Pedro Leopoldo e Wilson Lobato (MG)


Concluíndo minha rápida passagem pelo município mineiro de Pedro Leopoldo, numa manhã ensolarada de sábado, dia 8 de agosto, trago imagens de sua antiga estação ferroviária (Estrada de Ferro Central do Brasil, Linha D. Pedro II - Monte Azul, Km 648,0), muito bem cuidada pela prefeitura local. Estava fechada, não foi possível avaliar sua conservação interna, mas pela janela puder ver estantes com livros o que me leva a crer que a estação possa servir como biblioteca pública. O prédio faz parte de um conjunto arquitetônico ferroviário que inclui galpões (veja aqui e aqui).

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Seguindo de carro mais adiante (agradeço ao amigo Fabrício pela carona) temos um pátio onde se localiza a estação de Wilson Lobato, mais moderna, de linhas duras e objetivas, onde funciona um posto de controle de trens cargueiros de uma concessionária privada.

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