Eu sou Carlos Latuff, cartunista e fã ferroviário. O propósito desta página é compartilhar com os internautas uma seleção das melhores imagens produzidas durante minhas expedições ferroviárias. Os registros aqui publicados podem ser reproduzidos pelos interessados, com tanto que para fins não-comerciais de informação, citando a fonte (por gentileza). Sou também colaborador do sítio www.estacoesferroviarias.com.br, de autoria do pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, a página mais completa da Internet sobre estações ferroviárias brasileiras.

sábado, 30 de maio de 2009

Estação de Japeri, RJ

Depois de nossa pequena incursão pelo maravilhooooooso mundo das ferrovias francesas (aqui e aqui), tá na hora de voltar a realidade terceiro-mundista, porque esse humilde blog é dedicado as estradas-de-ferro tupiniquins.

Enquanto planejo novas expedições pelo interior, deixo com voces duas imagens da estação ferroviária de Japeri, Baixada Fluminense (RJ), pertencente ao antigo ramal D. Pedro II - Monte Azul, Linha do Centro, Km 61,7 da extinta Estrada de Ferro Central do Brasil. A palavra Japeri vem de Yaperi (Yapó-Yui), que em tupi-guarani significa "aquilo que flutua", em referência a uma planta aquática comum na região. A localidade que era conhecida como Belém, passou a se chamar Japeri em 1947, e com isso a estação adotou o mesmo nome.

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Aspecto atual da estação de Japeri.


O antigo prédio da estação, parte do pátio de manobras e as plataformas (ao fundo).

sábado, 23 de maio de 2009

Metrô de Paris


Detalhe da luminária num dos acessos subterrâneos do metrô de Paris. Eram 9h da noite e a tarde ainda caía.

Como havia dito na postagem anterior, este blog é dedicado as ferrovias brasileiras, mas como tive a oportunidade de fazer imagens ferroviárias em recente viagem internacional, estou aqui compartilhando esta experiência com voces. Dessa vez, uma pequena viagem pelas ruas da bela Paris a bordo do metropolitano, cujas composições utilizam pneus.



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Plataforma da estação Dupleix, linha 6, trecho de superfície do metrô de Paris, França.


Detalhe dos pneus da composição.


Plataforma da estação Stalingrad, linha 7, trecho subterrâneo do metrô de Paris, França. O nome é uma homenagem a cidade onde as tropas nazistas foram derrotadas pelo exército soviético durante a Segunda Guerra Mundial. Minhas estação preferida. :)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Réseau Express Régional (Trem Expresso Regional) Paris, França

Eu sei que o título deste blog é Ferrovias do Brasil. Eu sei. Mas penso que seria do agrado de meus fiéis visitantes um passeio pelas ferrovias do tal do "Primeiro Mundo". Por isso trago-lhes uma vista da janela do Réseau Express Régional (Trem Expresso Regional), linha B, que liga o aeroporto Charles de Gaulle até o centro de Paris, no trecho entre as estações de Le Blanc - Mesnil, Drancy e Le Bourget. E aqui voces nem precisam pagar os 8 Euros da passagem...



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Aspecto da estação ferroviária localizada no terminal 2 do aeroporto Charles de Gaulle, na França.



Bilhete ferroviário para acesso ao trem que liga o aeroporto até o centro de Paris.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Voltando de viagem

Estou de volta de uma viagem internacional de 10 dias, visitando Amman, Beirut e Paris. Na próxima atualização eu compartilho com voces parte do material que produzi durante essa jornada. Um abraço fraterno a todos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Pelos trilhos do subúrbio carioca

Acompanhe o trajeto do trem de subúrbio no Rio, saíndo da estação de Engenho de Dentro rumo a São Cristóvão, passando por 7 bairros em 6 minutos e 50 segundos.

domingo, 3 de maio de 2009

Paradas ferroviárias de Caiapó e Tabõoes, Arcozelo (RJ)

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Manhã de sábado, dia 2 de maio de 2009, e mais uma vez ponho o pé na estrada rumo à zona rural de Arcozelo, em Paty do Alferes (RJ), para investigar duas paradas ferroviárias perdidas no tempo, pertencentes ao extinto ramal Alfredo Maia-Três Rios (EFCB): Tabõoes (Km 143,1) e Caiapó (Km 146,3). Saindo da estação de São Cristóvão até Engenho de Dentro, de lá mais ou menos 1 hora até Japeri, seguindo de ônibus por mais 1 hora até Arcozelo e adiante a bordo de uma van que me deixou no meio da rodovia onde uma placa indicava "Tabõoes". Só que a parada do mesmo nome estava BEM longe dalí. Mas por sorte, consegui uma abençoada carona num trator que me deixou em Caiapó. Daí era só caminhar uma distância de pouco mais de 3 km até a parada de Tabõoes. Fácil né?

Em se tratando de aventuras ferroviárias, fácil é uma palavra que não existe.

Era um trecho de serra, e mesmo sendo curto, a caminhada levou quase duas horas. Isso porque os trilhos foram praticamente engolidos pela vegetação. Pelo aspecto da linha, não passava ninguém por alí há tempos. Galhos, troncos caídos, deslizamento de terra, espinhos, touceiras de capim elefante com 2 metros de altura, porteiras de arame farpado de fazendas locais (só o gado transitava por alí, cheguei a encontrar alguns bovinos pelo caminho), fezes de boi, charcos de água parada (odeio isso).

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Felizmente o clima estava ameno. Sem as perneiras de couro, seria arriscado andar por alí, visto a imensa possibilidade de topar com animais peçonhetos pela frente. Como não tinha um terçado na mão, tive de abrir caminho com o próprio corpo. A caminhada era lenta, cada passo me forçava a suspender a perna pra não me enrolar nas plantas e cair. Havíam vãos semelhantes a pontilhões, encobertos pelo mato, um passo em falso e quem sabe conseguiria uma bela perna quebrada. Durante a caminhada, pude sintonizar em meu rádio portátil de ondas curtas um radioamador de Jaboticabal de nome Giroto (PY2GIR).

O vídeo a seguir dará aos internautas uma idéia aproximada das condições do trecho.



Na viagem de volta, a bordo de uma van, encontrei uma senhora, que puxando assunto comigo ao ver minhas calças rasgadas e sujas, me contou de suas lembranças de Tabõoes. Ela me disse que alí não paravam trens de passageiros, apenas o auto-de-linha dos operários da via permanente. Quando era criança, ela costumava ir até a parada levar almoço para seu pai, o Sr. Dário, que trabalhava na "socadora". Ela me contou também que tinha medo de andar por aquelas bandas por conta das cobras que frequentavam a região...

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Aspecto atual da parada Caiapó


Vista de outro ângulo


Aspecto atual da parada Tabõoes


Vista de outro ângulo