Eu sou Carlos Latuff, cartunista e fã ferroviário. O propósito desta página é compartilhar com os internautas uma seleção das melhores imagens produzidas durante minhas expedições ferroviárias. Os registros aqui publicados podem ser reproduzidos pelos interessados, com tanto que para fins não-comerciais de informação, citando a fonte (por gentileza). Sou também colaborador do sítio www.estacoesferroviarias.com.br, de autoria do pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, a página mais completa da Internet sobre estações ferroviárias brasileiras.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Estação Professor Parreira, variante Barreto-Ramiz Galvão, Viação Férrea do Rio Grande do Sul

Domingo passado (07) em busca de estações perdidas entre os municípios gaúchos de General Câmara e Rio Pardo, na companhia da arquiteta Cláudia Favaro, estive nas ruínas da estação ferroviária de Professor Parreira, na variante Barreto-Ramiz Galvão. Para minha surpresa, já nem me lembrava mais que, há 9 anos, eu havia estado alí, como comprovam as fotos publicadas na página de Ralph Menucci Giesbrecht http://www.estacoesferroviarias.com.br/rs_uruguaiana/professor.htm




Dessa feita, tive oportunidade de conhecer a Sra. Maria Ileni Zinn, que muito simpática nos recebeu, e contou sobre seu pai, Reinaldo Paulino Zinn, que era guarda ferroviário naquela estação. Ela também nos mostrou antigas fotos, as quais reproduzo aqui.

Por ser filha de ferroviário, a jovem Maria Ileni Zinn, então com 9 anos, tinha direito ao passe livre nos trens da Viação Férrea Rio Grande do Sul.

Seu pai, à direita, Reinaldo Paulino Zinn, nos idos dos anos 60, trajando uniforme de guarda ferroviário da VFRGS e empunhando um cassetete.
Nessa foto, tirada nos anos 80, é possível ver composições da Superintendência Regional 6 de Porto Alegre, quando ainda havia trens de passageiros naquela ramal. 

Estações Esperança e Machado, Ramal de Caxias do Sul, Viação Férrea do Rio Grande do Sul

De volta com minhas incursões rodoferroviárias pelo interior do Rio Grande do Sul, mais uma vez na companhia da professora Vanessa Kufner, encontrei o que restou da estação Esperança (km 104,7) e do estribo Machado, também conhecido por moradores como desvio Machado (km 155,7), ambos pertencentes à linha Montenegro-Caxias do Sul, o ramal de Caxias do Sul, da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS).

- Esperança

A estação encontra-se atualmente numa propriedade rural, no município de Maratá (RS), pertencente ao Sr. Ricardo, que gentilmente nos levou até o local. O que restou da estação original são as paredes de tijolos. As partes de madeira foram erguidas pelo Sr. Ricardo, que converteu as ruínas da estação em um depósito de carvão. Ele me disse que por ser um trecho por onde passam motociclistas em competições, porá uma placa indicando ser alí a antiga estação ferroviária de Esperança, decisão aplaudida por mim. Por essas e outras que o Sr. Ricardo acabou ganhando um retrato desenhado na hora.




Foto: Vanessa Kufner
Foto: Vanessa Kufner
- Machado

Se não fosse pelas indicações do Sr. Aldibert em Carlos Barbosa (RS), e o Sr. Cláudio num clube de bocha próximo ao local, seria impossível a localização da parada (estribo) Machado, conhecida também como desvio Machado. Pelo que me informaram, não havia alí qualquer construção, o chefe do trem parava no local sempre que houvessem passageiros para embarcar ou desembarcar. Inacreditavelmente ainda existem trilhos, dormentes e brita!


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Estações de Cafundó, Vitória e Maratá (Ramal de Caxias do Sul, VFRGS) RS

Neste domingo, na companhia da professora Vanessa Kufner, fiz mais outra incursão pelo interior gaúcho a procura de estações ferroviárias perdidas. Dessa vez, três estações do extinto ramal Montenegro - Caxias do Sul, da igualmente defunta Viação Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS). Eis o resultado.

- Cafundó, Km 88,0

Eis a estação, localizada na zona rural de Montenegro. A placa que diz "Cuidado! Cão Bravo" não serviu de convite pra que eu me aproximasse mais. Muito menos a expressão do cachorro lá na estrada da estação.

Armazens da estação, que atualmente servem de depósito.
- Vitória, Km 94,1

Aqui ficava a estação de Vitória, hoje nada mais resta.
Graças as informações do Sr. Roque Giehl, que mora alí há décadas, foi possível traçar essa reconstituição.
O senhor Roque também apontou vestígios da fundação da estação. Ao fundo um ginásio esportivo.

Mais adiante fui ao encontro das ruínas de um pontilhão, encoberto pela vegetação.
Estas fundações se encontram numa propriedade rural, cheguei a elas com a ajuda do senhor Edgar, depois de muito mato, galhos e lama. Ao ver as estruturas de pedra, tive a sensação de encontrar uma ruína asteca!
Ao lado das ruínas estão a profa. Vanessa, o sr. Edgar, e seu neto Patrick. Quis fotografar tambem a cachorrinha "Fera" que nos acompanhou o tempo todo, mas ela preferiu fazer festa comigo do que posar para a foto.
- Maratá, Km 97,3

Maratá tornou-se um município em 1992, e a estação ferroviária localiza-se onde hoje é Parque Municipal da Oktoberfest.

De acordo com Liani Büttenbender, da Secretaria de Turismo de Maratá, a estação foi reconstruída em seu local original, e funciona hoje como a "Casa do Turista". A informação bate com o relato de Gelson Garcia de Montenegro para o site Estações Ferroviáriashttp://www.estacoesferroviarias.com.br/rs_linhaspoa/marata.htm
A parte de cima da caixa d'água que servia as locomotivas a vapor virou o caneco de uma marca de cerveja, em alusão a Oktoberfest. Gelson Garcia tambem relatou isso.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Paradas de Inspetor Moyses e Monte Bonito, ramal de Cangussu, Pelotas, RS

De acordo com o guia Ferrovias do Brasil do IBGE (1955) as paradas de Inspetor Moyses (km 947,1) e Monte Bonito (km 956,1) localizam-se na zona rural de Pelotas, e pertenciam ao ramal de Cangussu (atualmente se escreve Canguçu) da Viação Férrea do Rio Grande do Sul. Não constavam quaisquer imagens destas paradas no sítio Estações Ferroviárias do Brasil. Monte Bonito é o 9º distrito de Pelotas, onde se localizam pedreiras que forneceram rochas para construção dos molhes da barra do Rio Grande.

(Clique nas imagens para ampliar)

Vagoneta. Tipico transporte turistico dos Molhes da Barra em Rio Grande

Graças a colaboração do ex-ferroviário Sr. José Francisco, conhecido como "Toquinho", e a ajuda de Rosana Gomes, Patricia da Cunha e Romerio Jair Kunrath, consegui localizar as paradas.

Aos 81 anos seu Toquinho guarda vivas memórias da estrada-de-ferro, onde trabalhou entre 1942 e 1950.
Este mapa, desenhado por um dos netos do Seu Toquinho, mostra a localização das paradas, algumas com nomes diferentes daqueles que constam no guia de ferrovias do IBGE.

Parada Inspetor Moyses - Localizada atualmente numa comunidade popular, desta parada restaram a caixa d'água que servia as locomotivas à vapor e a plataforma, em ruínas.



Parada Monte Bonito - Localizada atualmente numa propriedade rural, desta parada também restaram a caixa d'água e a plataforma, onde foi construida uma casa.




Essa carta, datada de 20 de outubro de 1948, escrita por um oficial do então 1º Batalhão Ferroviário de Pelotas, foi endereçada a André Maschke, proprietário do terreno por onde passaria a ferrovia.